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Nova Lima decreta emergência após confirmar quinta morte por febre amarelaMorador de Belo Horizonte morre em decorrência da febre amarelaFebre amarela: informações sobre vacinação continuam desatualizadas e levam a desentendimentoPresidente da Rede Minas e Inconfidência tem febre amarela confirmadaPaciente de Viçosa internado com suspeita de febre amarela morre em BHSem previsão de chuva, quarta-feira terá calor intenso em BHAs medidas contemplaram vistorias para retirada de focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor da doença e também de dengue, zika e chikungunya) em 520 imóveis perto da casa da vítima. Anteontem, foi encontrado um macaco morto no Buritis, bairro próximo ao Barreiro. Ainda não há confirmação se ele estava contaminado. De acordo com a pasta, quando são encontrados primatas mortos, sinal de circulação do vírus em determinada região, ou diante de algum caso suspeito de febre amarela humana, a área de zoonoses de cada regional faz um pente-fino num raio de 200 metros do local onde foi achado o animal, de forma a eliminar possíveis focos do Aedes, que em ambiente urbano pode transmitir a febre amarela.
No Barreiro, houve ainda um trabalho de mobilização da vizinhança e aplicação de inseticida contra o vetor.
No restante do estado, o alerta também está ligado. Isso porque 12 das 28 regionais de Saúde são apontadas pelo governo do estado como área de atenção: elas têm cobertura vacinal inferior a 80% e estão mais longe da meta de vacinação (95%). Cinco delas fazem divisa com o estado de São Paulo: Ituiutaba (73,1%), Passos (74,49%), Alfenas (75,51%), Varginha (74,6%) e Pouso Alegre, que tem a menor cobertura do estado (66,69%), de acordo com a SES.
PERIGO O último boletim da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo aponta 69 casos confirmados da doença e 21 óbitos. No período 2017/2018, foram confirmados 430 macacos com a doença em território paulista. Desde julho de 2016, ocorreram 2.491 óbitos ou adoecimentos de primatas, sendo 617 animais com diagnóstico positivo para a febre amarela, de acordo com as análises laboratoriais do Instituto Adolfo Lutz – 61,5% deles na região de Campinas. A área faz divisa com o Sul de Minas e inclui as cidades mineiras de Extrema e Gonçalves, onde foram encontrados macacos com mortes confirmadas pela doença (Veja mapa).
Em entrevista coletiva ontem, em Brasília, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi, garantiu que não faltarão doses para imunização da população.
Além das 21 mortes em São Paulo, Rio de Janeiro confirmou três óbitos, Bahia um, e o Distrito Federal, um. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, as vacinas serão aplicadas em doses fracionadas para agilizar a vacinação, de acordo com o governo federal. Minas Gerais ficou de fora do pacote. De acordo com Antônio Nardi, o estado não foi incluído porque hoje tem “altíssimas coberturas vacinais”. Em todo o estado, 81,89% da população foi imunizada, o que significa 3,6 milhões de pessoas ainda desprotegidas.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informou ontem que mantém a recomendação de que, diante da ocorrência de casos suspeitos ou morte de primatas por febre amarela em determinada região ou município limítrofe à localidade, a intensificação vacinal deverá ser iniciada imediatamente. E deve ser feita prioritariamente nos domicílios do entorno dos casos suspeitos, sendo estendida por todo o município. É feita casa a casa, com verificação do cartão de vacina.
Ontem, após três casos suspeitos e cinco óbitos confirmados pelo município por febre amarela, a Prefeitura de Nova Lima decretou situação de emergência em saúde pública em decorrência da doença. Na cidade, as quatro localidades atingidas foram Honório Bicalho, Galo, Santa Rita e Cascalho.
SERVIÇO Os 152 centros de Saúde de Belo Horizonte vão abrir, no sábado, das 8h às 17h, para vacinação contra a febre amarela. Também vai funcionar o Serviço de Atenção ao Viajante (Rua Paraíba, 890, Savassi).
Músico pode ter sido infectado
Internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, o músico Flávio Henrique, presidente da Empresa Mineira de Comunicação, pode ser mais uma vítima da febre amarela. A informação foi divulgada pelo produtor cultural Afonso Borges, amigo do cantor e compositor, em seu perfil na Facebook. O hospital, entretanto, não confirmou o diagnóstico. O Estado de Minas também tentou contato com a mulher do músico, sem sucesso. A informação sobre a doença de Flávio Henrique começou a circular na segunda-feira nas redes sociais. Amigos e parentes se engajaram em campanha para mobilizar doadores de sangue para o paciente. Publicados no Facebook, os posts informavam que o presidente da EMC deu entrada na sexta-feira no hospital, com dores de cabeça e mal-estar e que o quadro teria evoluído, com sintomas de dengue hemorrágica ou febre amarela, com comprometimentos hepáticos. No fim de semana, foi transferido para o CTI..