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Carnaval 2018 deve movimentar R$ 530 milhões em Belo HorizonteEsquentando as baterias para o carnaval, blocos começam a festa nas ruas de Belo HorizonteCemig alerta foliões sobre cuidados com a energia elétrica no carnavalPaciente de Viçosa internado com suspeita de febre amarela morre em BHÉ um momento de união de esforços de toda a comunidade. “Recebemos apoio de pessoas de vários pontos da cidade e de outros municípios”, conta a filha de dona Bela e também fundadora da escola, Janaína Gonçalves. Todo o material para confecção de fantasias e alegorias, além da mão de obra de artesãos, costureiras, escultores, desenhistas e pintores, são é fornecidos pela própria comunidade. “Não compramos e não trazemos nada de fora. Procuramos valorizar o que temos de melhor em nosso estado”, diz com orgulho Janaína.
Serão 600 componentes divididos em 13 alas, quatro carros alegóricos e 40 destaques.
O segundo bloco trata da natureza exuberante e seus equipamentos públicos, como o parque ecológico e o zoológico, com seu borboletário e aquário abrigando peixes das águas do Rio São Francisco. Encerrando a homenagem a um dos cartões-postais mais conhecidos de Belo Horizonte, a ala relembra as festividades e eventos, como a Volta da Pampulha, o futebol, a festa de Iemanjá e os fogos do réveillon.
TERCEIRA GERAÇÃO A escola já tem componentes da terceira geração de seus fundadores. Filhos e netos aprenderam a tocar os instrumentos na própria bateria da escola, comandada pelo mestre Delei. De acordo com o presidente da Escola Francisco Gonçalves, há um desejo crescente entre as agremiações de samba de que o carnaval se consolide cada vez mais na cidade, em todas as suas frentes. “Ficamos 13 anos sem carnaval e isso provocou uma ruptura de pelos menos duas gerações do samba, a partir dos anos 1990”. Esse processo de formação e continuidade dessa manifestação cultural vem sendo retomado pouco a pouco, ressalta o presidente da agremiação.
A escola criou um centro cultural, que durante todo o ano forma maquiadores, dançarinos, artesãos, costureiras e bordadeiras, além de ensinar a tocar instrumentos musicais. Já formou mais de 50 pessoas, e, nos três meses que antecedem o carnaval, gera em torno de 15 empregos diretos.
RENOVAÇÃO A existência da escola é fruto de uma reunião ocorrida em 2005 na casa da família Gonçalves, no Bairro São João Batista, e com o apoio de vizinhos e amigos, Arabela Gonçalves, seus filhos Janaína, Marco (carnavalesco), Ricardo e Francisco (atual presidente da agremiação), além da sua irmã Adélia, fundaram o Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova. “No momento do ressurgimento das escolas de samba de Belo Horizonte, os Acadêmicos de Venda Nova nasceram das cinzas da festa, como uma mitológica Fênix, representando a renovação, tradição e a comunidade acolhedora da região de Venda Nova”, lembra a costureira.
Em 2017, a Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova levou para as ruas um desfile seguindo o enredo “Sonhos de Toninho Veterinário, o mestre-sala dos animais”. Foi uma homenagem aos veterinários na figura de João Antônio Teixeira, que tem uma clínica na capital mineira e faz, por ano, cerca de 90 mil atendimentos a pequenos animais.
Esse foi o quinto título da Acadêmicos de Venda Nova, que também venceu em 2008, 2009, 2014 e 2015. Nos anos de 2005, 2006, 2010, 2013 e 2016, conquistou a vice-liderança. Em 2012, ficou com o terceiro lugar.
INSCRIÇÕES Terminam hoje as inscrições de blocos caricatos e escolas de samba que queiram participar dos desfiles no Carnaval de Belo Horizonte 2018, que ocorrem em 12 e 13 de fevereiro na Avenida Afonso Pena. As agremiações que cumprirem as exigências do edital da Belotur receberão subsídios de R$ 75 mil (escolas do Grupo A) e R$ 37,5 mil (para as do Grupo B e blocos). Os valores representam aumento de 50% em relação ao carnaval de 2017.
Neste ano, a passarela da Avenida Afonso Pena receberá pintura na cor branca, valorizando as fantasias e adereços, a instalação de um cronômetro visível na avenida, melhorias na estrutura de som e na iluminação do espaço, arquibancadas com mais conforto.
Mais de 500 blocos de rua
A inscrição de blocos carnavalescos mostrou aumento expressivo este ano. Houve um crescimento da ordem de 20%.