A ação de quadrilhas de assaltos a banco – conhecida como 'cangaço mineiro' – continua tirando o sono e amedrontando moradores de cidades do interior de Minas Gerais. Na madrugada desta quarta-feira, bandidos fortemente armados atiraram contra o quartel da Polícia Militar (PM) em Santana do Jacaré, na Região Centro-Oeste do Estado, e uma viatura foi atingida pelos disparos. Enquanto isso, parte do bando explodiu caixas eletrônicos de uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF). A ousadia do bando impressionou os policiais. Moradores afirmaram que viram uma arma longa, possivelmente calibre.50, presa em um tripé, colocada em uma caminhonete. Cerco é feito no entorno do município à procura dos criminosos.
O crime aconteceu por volta das 2h40. Entre seis a dez criminosos chegaram na cidade em uma caminhonete Ranger de cor clara, possivelmente cinza ou prata, segundo a PM. Fortemente armados, eles efetuaram diversos disparos na tentativa de intimidar os moradores e acuar os policiais militares da cidade.
Parte do bando foi até a Praça João Alves Duca, no Centro, onde fica a agência da Caixa Econômica Federal (CEF). Lá, segundo a PM, eles serraram uma grade de ferro, que protegia a porta de entrada do banco, e invadiram o local. Em seguida, colocaram explosivos nos terminais e danificaram o imóvel. Ainda não há informações se eles conseguiram levar alguma quantia em dinheiro.
Enquanto um grupo agia dentro do banco, outros criminosos davam cobertura ao lado de fora. A suspeita é que de próximo da agência eles efetuaram disparos, com armas longas, contra o quartel da PM, que fica a aproximadamente 100 metros do local. Uma viatura que estava estacionada em frente ao imóvel foi atingida por ao menos quatro tiros. O parabrisas, o capô e o giroflex foram danificados. Foram aproximadamente 20 minutos de tiros.
Os criminosos fugiram e ainda não foram encontrados. A perícia faz os trabalhos para tentar identificar o bando. Foram apreendidas cápsulas de munição 9 milímetros, e .45, usadas em pistolas, 762, em fuzis, e 12, em espingardas e escopetas. Os policiais fazem os levantamentos para tentar encontrar imagens de câmeras de segurança que possam ter flagrado a ação da quadrilha.