Jornal Estado de Minas

Febre amarela mata presidente da Rede Minas e Inconfidência, Flávio Henrique

Flávio Henrique estava internado no Hospital Mater Dei desde a semana passada - Foto: Jair Amaral/EM/DA PressMorreu, na manhã desta quinta-feira, Flávio Henrique Alves de Oliveira, de 49 anos. O músico, compositor e presidente da Empresa Mineira de Comunicação, à qual estão vinculadas a Rede Minas e a Rádio Inconfidência, estava internado desde a última quinta-feira no Hospital Mater Dei, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, com febre amarela. Como músico, Flávio foi fundamental no 'reflorescimento' do carnaval de BH; compôs em 2012 o hit 'Na coxinha da madrasta'. Relembre a carreira artística.

O velório está marcado a partir de 16h desta quinta-feira, no hall da Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito de Melo, 1.090, Barro Preto). Será aberto ao público a partir das 17h30. A previsão do enterro é para as 9h de sexta-feira, no Cemitério Parque da Colina, no Bairro Nova Cintra, Região Oeste de Belo Horizonte.

Familiares e amigos suspeitam que Flávio tenha contraído a doença em Casa Branca, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele adquiriu uma casa na região e frequentou cachoeiras nos últimos dias nas proximidades da propriedade.

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A informação da morte foi confirmada pela equipe médica da unidade de saúde.
“Comunicamos que o paciente Flávio Henrique Alves de Oliveira, internado na Rede Mater Dei de Saúde no dia 11 de janeiro de 2018, faleceu hoje dia 18 de janeiro de 2018, às 7h30, em decorrência de complicações de febre amarela”, diz a nota publicada pelo hospital.

De acordo com informações extraoficiais, além da doença, o paciente apresentou complicações hepáticas, fazendo-se necessário um transplante de fígado. Tão logo foi confirmada uma doação no Paraná, começaram os preparativos para a intervenção cirúrgica. O procedimento estava previsto para durar até a madrugada de hoje. No fim da tarde, o músico havia sido transferido em uma ambulância UTI para o prédio do Mater Dei do Bairro Santo Agostinho, na Rua Gonçalves Dias.

Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esclareceu que a investigação epidemiológica apontou que a contaminação pela doença ocorreu em uma região de sítio e matas em município da Grande BH. Disse, ainda, que o paciente não é vacinado. A administração municipal informou que fez vistorias detalhadas para a retirada de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da forma urbana da doença, próximo à residência dele, na Região Centro-Sul de BH. 


Com a morte do músico, sobe para 16 o número de óbitos em decorrência da febre amarela em Minas Gerais e 22 casos confirmados; 59% deles no entorno da capital.
O falecimento do músico deve constar nos próximos boletins da Secretaria de Estado de Saúde.

Os números podem ser ainda maiores, já que a Prefeitura de Viçosa, na Zona da Mata, também confirmou a morte de um morador da cidade. O estado investiga ao todo 46 notificações, sendo que dessas, oito resultaram em óbitos ainda não apurados. Na Fundação Ezequiel Dias (Funed), trabalhos de identificação do vírus estão a todo vapor.
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