Familiares, amigos e fãs lotaram o hall da Sala Minas Gerais para prestar as últimas homenagens ao músico e presidente da empresa de Mineira de Comunicação, órgão do governo responsável pela Rede Minas e Rádio Inconfidência, Flávio Henrique Alves, de 49 anos. Ele morreu na manhã desta quinta-feira vítima de Febre Amarela no Hospital Mater Dei. A pedido da família, a imprensa não foi autorizada a entrar no salão. O sepultamento está previsto para esta sexta-feira (19) no Cemitério Parque da Colina.
Vítor Santana, cantor e compositor, era amigo há 16 anos do Flávio. A família pediu que ele a representasse. “Pra gente, foi um choque. Em sete dias você perde uma pessoa que estava no auge da vida e das suas capacidades... Ele estava em um novo casamento e vários projetos.
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Ele contou que os amigos e familiares passaram a virada do ano no sítio em Brumadinho, na Grande BH – onde foi o provável local que ele contraiu a doença. “Fica na Aldeia Cachoeira da Serras. Havia 40 dias que ele tinha comprado a casa. Era a casa dos sonhos, com um grande piano.
O secretário de Estado de Cultura, Ângelo Oswaldo, também marcou presença no velório. “Uma verdadeia tragédia para a secretaria da cultura. É um abalo profundo para os meios culturais de Minas e do país. Ele era um grande músico, deixa um repertório maravilhoso. Ele já era um artista consagrado que se mostrou um ótimo gestor. Muito competente, inovador e eficiente. Ele demarcou um caminho com ética”, disse. Ele contou que esteve com Flávio na última quinta-feira, quando participou de um programa na Rede Minas. O secretário disse que ele se queixou de dor de cabeça e febre. Na mesma noite, ele se internou no hospital.
O rapper Flávio Renegado também foi prestar as últimas homenagens.
O velório começou às 16h desta quinta-feira, no Hall da Sala Minas Gerais, que fica na Rua Tenente Brito de Melo, 1.090, Barro Preto, na Região Centro-Sul. Foi aberto ao público a partir das 17h30. A previsão do enterro é para as 9h de sexta-feira, no Cemitério Parque da Colina, no Bairro Nova Cintra, Região Oeste de Belo Horizonte.
Outras mortes
Com a morte do músico, sobe para 16 o número de óbitos em decorrência da febre amarela em Minas Gerais e 22 casos confirmados; 59% deles no entorno da capital. O falecimento do músico deve constar nos próximos boletins da Secretaria de Estado de Saúde.
Os números podem ser ainda maiores, já que a Prefeitura de Viçosa, na Zona da Mata, também confirmou a morte de um morador da cidade. O estado investiga ao todo 46 notificações, sendo que dessas, oito resultaram em óbitos ainda não apurados.