Jornal Estado de Minas

Homenagens e aplausos marcam enterro de Flávio Henrique, vítima da febre amarela

Em meio à tristeza, aplausos e homenagens de amigos o corpo do músico Flávio Henrique de Oliveira Alves foi enterrado na manhã desta sexta-feira no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte.

 

 

O artista, que também presidia a Empresa Mineira de Comunição - que abrange a Rede Minas e a Rádio Inconfidência -, morreu em decorrência de complicações por febre amarela. Aos 49 anos, Flávio deixou uma filha de 13, e a esposa, com quem tinha se casado no fim do ano passado.  

 

No enterro, o músico Maurício Tizumba e amigos de Flávio cantaram a canção "Casa Aberta", composta por Chico Amaral e Flávio Henrique e interpretada por Milton Nascimento e Marina Machado. Após a interpretação, dezenas de amigos e familiares que acompanhavam o enterro aplaudiram a homenagem. 

 

O cortejo do corpo foi acompanhado apenas por familiares e amigos mais próximos à família de Flávio Henrique.  

Febre amarela

Parentes e amigos de Flávio Henrique Alves de Oliveira, de 49 anos, suspeitam que o compositor, um dos principais responsáveis pelo renascimento do carnaval de rua na capital, tenha sido infectado em Casa Branca, região de Brumadinho, na região metropolitana. Ele adquiriu uma casa na região e frequentou cachoeiras nos últimos dias nas proximidades da propriedade. 


Flávio começou a sentir os sintomas da febre amarela na quinta-feira, dia 11. Amigos contaram que ele reclamou que não estava bem e ‘com o corpo estranho’. Na sexta-feira, ele deu entrada no Hospital Mater Dei, onde permaneceu internado. Além da doença, os médicos chegaram a suspeitar de dengue. O músico, durante a internação, passou por complicações hepáticas e foi submetido a um transplante de fígado na tarde de quarta-feira.

 

Pessoas próximas ao compositor afirmam que ele não sabia se era vacinado, mesmo tendo saído recentemente do país. 

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