Uma ação conjunta entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Polícia Militar (PM) é realizada na Praça Leonardo Gutierrez, na Região Oeste da capital mineira, para evitar que eventos que não são previamente marcados e sem autorização da administração municipal aconteça no local. O espaço é ocupado por guardas municipais, policiais militares e agentes da BHTrans. O intuito é evitar tumultos como o que aconteceu em 12 de janeiro, quando um evento reuniu mais de mil jovens, porém não tinha autorização de órgãos públicos e nem responsáveis pela organização. A PM teve que intervir com uso de bala de elastômero (borracha) e bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
A medida começou a ser feita nessa sexta-feira. Neste sábado, a Praça foi ocupada pelos agentes de segurança por volta das 16h. De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP), o histórico de eventos sem autorização no local é que motivou a ação. “O histórico de eventos negativos e o acionamento reiterado da população serviram de alerta para o monitoramento de grupos que pretendem realizar eventos no bairro, com shows e carros de som sem o devido licenciamento, causando transtornos para moradores e comerciantes”, afirmou a pasta por meio de nota.
Segundo a secretaria, a ação consiste em ocupação preventiva do espaço pela PM, Guarda Municipal, BHTrans, Fiscalização e o apoio do Centro Integrado de Operações.
Tumulto
Em um dos eventos sem autorização, um tumulto foi registrado no Bairro Gutierrez em 12 de janeiro. Mais de mil jovens se reuniram na praça. O evento acabou com a intervenção de policiais militares. Com uso de bala de elastômero (borracha) e bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, os PMs dispersaram o público, depois que algumas pessoas arremessaram garrafas de bebidas contra viaturas, segundo afirmou o tenente André Martins, coordenador de policiamento da unidade do 22º Batalhão da PM.
A ação da PM foi criticada por pessoas que permaneceram na Praça Leonardo Gutierrez, onde ocorreu o evento não autorizado, depois da dispersão do público.
Crítica ao carnaval
Uma comissão formada por moradores e comerciantes da região tenta impedir os encontros pré-carnavalesco na praça. Assinaturas estão sendo colhidas e o documento a ser encaminhado à administração municipal, solicitando que não haja eventos do tipo no bairro. O comerciante Wellington Luiz Medeiros, um dos integrantes do grupo, afirma que a comunidade não é contra o Carnaval, mas está preocupada com as consequências da aglomeração de pessoas na praça, em caso de ensaios de blocos.