Um ato público em frente ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, reuniu cerca de 200 pessoas para exigir a prisão dos quatro empresários condenados pelo assassinato de três auditores fiscais do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho que apuravam denúncias de trabalho escravo em fazendas de Unaí (MG), em 2004. O episódio ficou conhecido como a Chacina de Unaí.
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Os recursos apresentados pela defesa dos quatro empresários tentam anular a sentença e obter um novo julgamento, não mais em Belo Horizonte, mas em Unaí. Os recursos tramitam no TRF1. “Enquanto a vida dos mandantes dos crimes corre normalmente, as famílias (das vítimas) e os auditores fiscais do trabalho continuam convivendo com a angústia de não ver esse ciclo encerrado”, afirma o Sinait em nota.