Jornal Estado de Minas

Ações das forças de segurança diminuem roubos em Minas



Os roubos foram um dos grandes desafios nas cidades mineiras nos últimos anos, mas, em 2017, o crime apresentou redução. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), obtidos pela reportagem, mostram que entre janeiro e novembro foram registrados, Belo Horizonte, 68,5 mil ocorrências de assaltos, 16,2% a menos do que os 81,8 mil do mesmo período de 2016. Mesmo assim, a capital teve média de 203,5 registros por dia. Considerando os dados em todo o estado, a redução foi 13%, saindo de 120,2 mil para 104,4 mil. Entre as cidades do interior, destacam Nova Serrana, na Região Centro-Oeste, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Varginha, no Sul de Minas, e Ribeirão das Neves, na Grande BH, que tiveram aumento nesta categoria criminosa.

Os dados mostram que outras modalidades de crimes também tiveram redução de janeiro a novembro. A extorsão teve queda de 35,7%, saindo de 1.656 em 2016, para 1.065. Os furtos caíram 3,7%, e extorsão mediante a sequestro, 33,7%. Para a Sesp, a diminuição é fruto de “trabalho de integração das forças de segurança e o apoio incondicional do Governo, que tem tratado segurança como prioridade”.

Em Belo Horizonte, uma das apostas para frear os crimes é a criação das bases móveis da Polícia Militar (PM).
Elas estão em funcionamento desde 28 de agosto. Ao todo, são 86 bases comunitárias de segurança que foram distribuídas pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC) em bairros da cidade. Os veículos contam com equipamentos de imagem e comunicação, ficam estacionadas das 15h30 às 23h30. Com elas permanecem quatro policiais, sendo dois a pé, junto com a base, e outros dois fazendo o patrulhamento do entorno, de moto.

No interior de Minas Gerais, entre as 16 cidades com monitoramento da Secretaria de Segurança Pública, por meio do Observatório de Segurança Pública Cidadã, 12 apresentaram quedas nos crimes. Outras quatro tiveram alta. Uma delas é Uberlândia, que saiu de 3.944 roubos entre janeiro e novembro de 2016, para 5.100 registros no mesmo período do ano passado. Para o comandante da PM responsável pela região, coronel Cláudio Vitor Rodrigo Rocha, os números ficaram altos devidos a uma mudança na forma de contar os crimes.

“Esse aumento é decorrente a uma mudança de metodologia estatística.
Os números apresentados estão em consonância com 2011, 2012 e 2013. Acabamos com a prática do crime continuado e houve o aumento no índice de roubos”, explicou o comandante. Ainda de acordo com ele, em janeiro deste ano há uma redução nas ocorrências de assaltos em comparação com o mesmo período de 2016.

SEQUESTRO O gerente de um banco viveu momentos de terror na madrugada de ontem em Nova Serrana, na Região Central de Minas Gerais. O homem foi feito refém por uma quadrilha no golpe conhecido como ‘sapatinho’. Ele acabou abandonado dentro da agência onde trabalhava com explosivos amarrados na cintura. Os criminosos fugiram sem levar nenhum dinheiro, pois viaturas apareceram na agência bancária durante a ação.

A vítima contou aos policiais que o sequestro ocorreu por volta de 18h30 de anteontem. Ele foi abordado por oito criminosos perto da casa em que mora quando chegava em um carro. O homem foi levado para um imóvel da zona rural de Nova Serrana, onde passou a noite.
O gerente disse que os criminosos o acordaram logo ao amanhecer e amarraram os explosivos no corpo dele. Ainda conforme o relato da vítima aos militares, ele foi obrigado a seguir paro Banco Itaú, onde trabalha, e foi seguido por um Fox preto. Na agência, o intuito dos bandidos era roubar os cofres do banco, mas ao perceberem que viaturas se aproximavam, eles abandonaram o gerente no local e fugiram.

Uma equipe do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) foi acionada e retirou os explosivos do corpo do homem. Nenhuma quantia em dinheiro do banco foi roubada e nenhum suspeito de ter participado do sequestro foi localizado até o fechamento desta edição.

 

 

Tentativa de invasão


A tentativa de roubo a uma casa no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, terminou em troca de tiros e duas pessoas presas ontem. Criminosos tentaram invadir residência na Rua Ernane Doyle, quando o morador flagrou a ação por meio das câmeras de monitoramento e acionou a Polícia Militar (PM). Nenhum material foi levado do imóvel e ninguém ficou ferido. Um terceiro suspeito fugiu e até o fechamento desta edição não havia sido encontrado.

 

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