Um problema no fornecimento de água no Bairro Nova Contagem, em Contagem, RMBH, teria levado presos da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria a queimarem colchões e roupas de cama na noite de sábado e madrugada de ontem, num começo de motim que não foi adiante, já que todos estavam trancados em suas celas. Em vídeos, que teriam sido feito pelos internos dentro do presídio e divulgado nas redes sociais, eles reclamaram da falta de água e comida, alegando que seria retaliação da direção devido à fuga de oito detentos na manhã de sábado.
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No material, que foi replicado nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, os presos denunciaram a falta de água no presídio e alegaram que seria um “castigo coletivo” pela fuga de pelo menos oito presos.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil, William Santos, confirmou a autenticidade das imagens. Segundo ele, familiares de presos também confirmaram a situação de falta de água. “Em um calor desses o sujeito ficar preso em uma cela imunda lotada, não quer que fique revoltado? Estamos achando que se trata de um ‘castigo aos presos pela fuga recente de oito deles”, disse. Santos informou ter conversado com o procurador Rômulo Ferraz sobre a situação e que ele agiu, controlando a rebelião.