Nova Era – Uma estrutura de concreto une dois tempos, garante a segurança da população e preserva a história da cidade. Inaugurada pelo ex-presidente Getúlio Vargas (1882-1954) em 13 de maio de 1940, a Ponte Benedito Valadares, em Nova Era, na Região Central, está sendo restaurada com recursos do Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural e da prefeitura local, ao custo de R$ 651 mil. Quem visita a cidade banhada pelo Rio Piracicaba e que se chamava, na época, Presidente Vargas, pode ver, a postos, a equipe de operários que iniciou o trabalho em outubro e deverá terminá-lo até o fim do ano, segundo informa o funcionário do Departamento de Cultura, Albany Júnior Dias.
Tombada pelo município, com extensão de 86 metros e ligando o Centro ao Bairro Centenário, a ponte ficará interditada aos veículos durante a obra, sendo reservada uma passarela lateral para os pedestres. “Trata-se de uma boa iniciativa, pois é uma via de acesso importante, além de um patrimônio histórico a ser preservado”, diz a moradora Maria da Conceição de Oliveira. Para realçar a arquitetura, o monumento será pintado de branco e receberá um sistema de iluminação especial. “Assim, nos meses de outubro e novembro, quando ocorrem respectivamente as campanhas contra o câncer de mama e de próstata, vão se acender lâmpadas nas cores rosa e azul”, explica Albany, lembrando que um projeto de paisagismo também foi idealizado para valorizar as extremidades.
Mesmo que a ponte esteja interditada, é possível descer uma pequena escada, do lado do Bairro Centenário, e chegar a algumas pedras no Rio Piracicaba. Dali, contempla-se a estrutura, que, na inauguração, em 13 de maio de 1940, teve grande festa para Vargas, recebido por uma multidão na estação ferroviária, conforme mostram as fotos do acervo da prefeitura local. Na visita, o presidente cortou a fita inaugural ao lado de autoridades, entre elas o governador Benedito Valadares (1892-1973), e esteve na Igreja de São José da Lagoa.
O projeto da ponte foi aprovado pelo então secretário de Agricultura Israel Pinheiro e a construção autorizada pelo governo do estado em 27 de julho de 1939. Os estudos mostram que a execução do projeto durou oito meses, mas enfrentou as enchentes do Piracicaba, o que não representou obstáculos à conclusão.
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