Minas Gerais é o estado brasileiro que mais gastou com doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2016. As perdas foram de aproximadamente R$ 324 milhões, seguido de São Paulo, com cerca de R$ 255,5 milhões. Em todo país, a dengue, zika e chikungunya causaram um prejuízo de ao menos R$ 2,3 bilhões - um impacto de 2% no Produto Interno Bruto (PIB). Ao todo, 2 milhões de casos das moléstias foram registrados naquele ano. Os dados foram divulgados pela consultoria Sense Company, que faz análises econômicas para empresas farmacêuticas e realizou este trabalho sob encomenda da Oxitec, produtora de Aedes transgênicos.
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Casos de dengue, chikungunya e zika vírus crescem até 183% neste ano em MinasSobe para 36 o número de mortos por febre amarela em Minas Falta verba para vacina contra o Aedes aegypti criada na UFMGÍndice de infestação pelo Aedes aegypti cresce e deixa Belo Horizonte em alerta"Representa o mínimo impacto que as doenças tiveram em 2016. É daí para cima", afirma Vanessa Teich, professora do Insper, fundadora da Sense Company e líder do estudo. "Se pensarmos que significa 2% do PIB, é um custo relevante de doenças que poderiam ser evitadas. É um gasto importante que poderia ser investido em outros fins, em outras áreas de saúde mesmo", defende.
O combate ao vetor representou a maior fatia dos custos - 64,6%.
"O impacto para cada lugar tem a ver com a ocorrência total de casos e também com a composição de casos, se de dengue, chikungunya ou de zika. Em 2016, em Minas foram notificados 528 mil casos só de dengue. Houve uma discrepância ali. Já o Nordeste apareceu com uma perda não tão alta, porque o custo tratamento agudo do zika não é dos mais caros e não conseguimos fazer uma estimativa de gastos futuros com a microcefalia. Se a gente incluísse os custos dessas complicações, certamente o peso desses Estados aumentaria também", afirma Vanessa. (Com informações da Agência Estado).