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Estado de Minas

Febre amarela já matou mais de 100 pessoas no Brasil

Minas só fica atrás de São Paulo em número de óbitos provocados pelo vírus da doença, que passaram ontem de uma centena. Hoje é data decisiva para quem ainda não se vacinou e vai viajar para área de risco no carnaval


postado em 31/01/2018 06:00 / atualizado em 31/01/2018 16:43

 

 

 



Mais de uma centena de pessoas em todo o país já perderam a vida em decorrência da febre amarela no segundo surto sucessivo da doença, cujo ciclo foi iniciado em julho do ano passado. São Paulo lidera a quantidade de óbitos, com 52 vítimas, seguido por Minas, com 39 casos fatais, Rio de Janeiro (9) e Distrito Federal (1). Às vésperas da maior festa popular do Brasil, quem vai viajar para áreas onde há recomendação permanente ou temporária de vacinação tem até hoje para se imunizar e dar tempo para que a vacina produza efeitos com segurança. Até a sexta-feira antes do carnaval serão exatos 10 dias, tempo necessário para que o organismo produza anticorpos contra a enfermidade. Em Belo Horizonte, o Serviço de Atenção ao Viajante está lotado de pessoas em busca da vacina ou do cartão com validade internacional, reconhecendo que a dose está em dia.

Em Minas, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou ontem boletim epidemiológico com 36 óbitos, que começaram a ser registrados em dezembro. Outros três que não constam na lista oficial da pasta foram confirmados pelas prefeituras de Belo Vale e de Barbacena, na Região Central, e pelo Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, elevando para pelo menos 39 a quantidade de pacientes com quadros fatais confirmados.

Dos diagnósticos ainda não lançados na lista oficial do estado, o primeiro é de um homem de mais de 80 anos, da zona rural de Belo Vale, que morreu ontem e estava internado desde a sexta-feira no Hospital Eduardo de Menezes, no Barreiro, em BH. Já em Barbacena, o óbito foi confirmado na página do Facebook da prefeitura, na qual o secretário municipal de Saúde e Programas Sociais, José Orleans da Costa, divulgou nota oficial informando sobre a morte de um morador do Bairro de Fátima de 42 anos, funcionário da Colônia Rodrigo Silva, na quinta-feira passada. De acordo com o documento, o diagnóstico foi confirmado pela Fundação Ezequiel Dias, responsável pelas análises. Já em BH, o Hospital Felício Rocho emitiu nota confirmando a morte por febre amarela de um paciente do sexo masculino de 53 anos, que era morador de Jeceaba, na Região Central, no domingo.



Minas tem ainda 208 casos sob investigação. Mariana, na Região Central, é a cidade com maior número de diagnósticos confirmados de febre amarela, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem pela Saúde estadual. São 14 pacientes infectados, sendo que quatro morreram. Já Nova Lima, na Região Metropolitana de BH, lidera em número de óbitos: seis, de um total de 11 pessoas com diagnóstico positivo para a doença.

Presidente Bernardes (uma morte), na Zona da Mata, e São Thomé das Letras (uma morte e um paciente internado), no Sul de Minas, passaram a integrar a lista. Contagem, na Grande BH, tem um paciente internado com febre amarela e também aparece pela primeira vez no boletim, assim como Raposos, onde foi registrada uma morte. Segundo o estado, do total de pacientes com febre amarela, 77 são homens. As vítimas, que tinham entre 15 e 88 anos, não se vacinaram, conforme a pasta. A letalidade em território mineiro chega a 44,4% dos casos.

 

Movimentação em busca de vacina e certificado é grande no Serviço de Atenção ao Viajante (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Movimentação em busca de vacina e certificado é grande no Serviço de Atenção ao Viajante (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
 

 

Já o estado de São Paulo tem 134 casos confirmados, sendo que 52 resultaram em mortes. No Rio de Janeiro, são 36 casos suspeitos, sendo 30 confirmados, três descartados e três em investigação. Entre os pacientes com diagnóstico positivo para a doença, nove morreram.

VIAGEM O surto no país aumenta o alerta entre pessoas que vão viajar para áreas endêmicas. No Serviço de Atenção ao Viajante, na Savassi, Região Centro-Sul de BH, tem sido grande a movimentação, não só de quem vai partir rumo a países que exigem a certificação internacional da vacina como daqueles que precisam se imunizar. São 140 senhas diárias para os dois serviços e a prioridade é dada a quem vai seguir para região com recomendação de imunização e ainda não recebeu nenhuma dose – desde que apresente passagem comprovando a necessidade.

São 60 senhas para o período da manhã e 80 para o da tarde. Com o acesso limitado, tem gente chegando cedo para ser vacinado. A cozinheira Ivonete de Oliveira, de 52 anos, chegou ontem às 11h para conseguir atendimento, que começaria às 13h, para a filha, que vai viajar para a Bolívia. “Abriu às 9h e as senhas começaram a ser entregues às 9h30. Acabaram em 20 minutos. Muita gente que veio de manhã e não conseguiu senha ficou na fila para ser atendido à tarde”, disse. A estudante Ângela Gil, de 19, chegou às 11h20 e saiu com o cartão atualizado em mãos às 14h35. Ela vai fazer um cruzeiro pelas Bahamas e Jamaica. “Lá dentro é muito rápido, mas o problema é que aqui fora as pessoas se amontoam”, disse.

Previna-se


É hoje...
... o dia de se vacinar com segurança para pessoas que vão viajar para áreas de risco no carnaval. Até a sexta-feira véspera do recesso, terão se passado 10 dias, prazo necessário para que o corpo produza anticorpos contra o vírus da febre amarela

Quem deve  se vacinar
» Quem vive em áreas com recomendação, mesmo que temporária, de imunização contra febre amarela, bem como aqueles que vão viajar para essas áreas. Uma dose garante proteção para o resto da vida

» A vacina deve ser administrada pelo menos 10 dias antes  da viagem

» Em casos de viagens internacionais, é preciso verificar se o país de destino exige o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia. Nesse caso, procure um posto de vacinação e apresente o comprovante de viagem para tomar a dose e pedir a emissão
do certificado

» Para casos em que a vacinação ou a profilaxia for contraindicada, o viajante deverá apresentar um Atestado Médico de Isenção de Vacinação, escrito em inglês ou francês

» O viajante que mora em área sem recomendação e vai viajar para área também sem recomendação não precisa se vacinar. Contudo, é fundamental que todos os brasileiros mantenham as vacinas atualizadas, de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações

Fonte: Ministério da Saúde


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