Enquanto autoridades federais, estaduais e municipais não se entendem sobre o combate, mais uma cidade mineira decretou situação de emergência em saúde pública por causa do avanço da febre amarela. A Prefeitura de Conceição dos Ouros, no Sul de Minas, tomou a medida depois que duas pessoas morreram em decorrência da doença. Balanço feito pelo Estado de Minas com base em dados da SES e de administrações municipais mostra que já são 50 mortes registradas neste ano apenas em território mineiro.
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Ministro da Saúde acusa Minas de não repassar verbas federais destinadas aos municípiosSurto de febre amarela já é o mais mortal da história em Minas GeraisFebre amarela já matou 61 pessoas em Minas GeraisMortes por febre amarela chegam a 52 e vacina é exigida também no CaraçaCasos prováveis de dengue, zika e chikungunya disparam em uma semanaMinas Gerais também decretou emergência em 162 cidades. Em 20 de janeiro, o governo já havia anunciado a medida para 92 municípios, das regionais de Saúde de Belo Horizonte, Itabira e Ponte Nova. Dias depois publicou outro documento, acrescentando mais 62, que fazem parte das áreas das regionais de Juiz de Fora e Barbacena. Além das duas mortes de Conceição dos Ouros, Ouro Branco, localizado na Região Central, confirmou mais uma vítima da doença. De acordo com a Secretaria de Saúde de Barbacena, o homem tinha 41 anos e não havia se vacinado. Mariana, ainda na Região Central do estado, divulgou boletim em que registra mais dos casos fatais, somando sete óbitos de pacientes com a doença, elevando para pelo menos 50 mortes pela enfermidade em Minas neste ano.
ZOOLÓGICO Em Belo Horizonte, começou ontem o controle de entrada de visitantes na Fundação Zoobotânica, reaberta depois de uma semana em que passou por adequações em decorrência da febre amarela.
Bugio, parauacu, sagui-imperador, macaco-da-noite, mico-leão-de-cara-dourada, mico-leão-dourado, macaco-prego e guigó – espécies de primatas mais vulneráveis à contaminação pela febre amarela – foram retirados da área de visitação. Eles foram transferidos para recintos adaptados, fechados com telas finas que não permitem a passagem de mosquitos, para ficar isolados do contato com os possíveis vetores da doença. Esses recintos ficam fora da área aberta aos visitantes, ao lado do hospital veterinário, e têm acesso restrito a tratadores, cuidadores e funcionários do zoo.
*Estagiário sob supervisão do editor Roney Garcia.