Os números apontam maior relação diagnósticos confirmados/mortes que a registrada no mesmo período da temporada passada, quando, em 6 de fevereiro, o estado divulgou que 59 pessoas haviam perdido a vida. Na época, eram 167 diagnósticos confirmados da virose, o que indica índice de letalidade de 35,3% (veja gráficos). Porém, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, não houve agravamento do quadro epidemiológico: o que mudou entre os dois períodos, na avaliação da pasta, foi a rápida resposta do sistema de diagnóstico laboratorial da Fundação Ezequiel Dias (Funed). “No boletim de 2017 tínhamos 167 casos confirmados e 641 em investigação, pelas razões já descritas, contra 164 casos confirmados no boletim mais recente e 301 em investigação”, completa o texto.
Para a secretaria, os dados indicam cenário mais favorável em relação ao da temporada passada, “o que se atribui, em grande medida, às ações empreendidas pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com os municípios, principalmente no que diz respeito ao aumento da cobertura vacinal para mais de 83%”. A meta de cobertura vacinal para barrar o surto de febre amarela, perseguida desde o ano passado, é de 95% de imunização.
Apesar dos esforços, em todo o estado 321 municípios ainda não conseguiram imunizar 80% da população, segundo dados da própria Saúde estadual, o que corresponde a 37,6% de todo o território mineiro. As ações foram intensificadas em 395 comunidades. A preocupação maior na atual temporada é com o Sul e o Nordeste mineiros, onde há municípios com baixa taxa de vacinação.
A secretaria reforça que a medida mais importante para prevenção e controle da doença é a vacinação. Por esse motivo, toda pessoa acima de 9 meses que more ou vá viajar para área rural, de mata ou silvestre deve ser vacinada em uma unidade básica de saúde. Não há em Minas Gerais nenhum caso de febre amarela associado à vacina.