O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, afirmou nessa quarta-feira que será feita complementação orçamentária para garantir o funcionamento dos metrôs de Belo Horizonte, Recife, Natal, Maceió e João Pessoa, as cinco praças com sistemas operados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
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"Informamos que, segundo o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, houve redução de recursos orçamentários para o metrô durante a tramitação da PLOA no Congresso Nacional. No entanto, o governo providenciará a complementação orçamentária em tempo. Não haverá qualquer risco de interrupção do serviço", afirma nota enviada pelo Ministério do Planejamento.
Impacto
Na reportagem publicada nesta quarta-feira, a CBTU confirmava a possibilidade de impacto na operação dos metrôs, mas disse que não era possível dizer como e quando isso aconteceria. No Ministério das Cidades, a informação, repassada na terça-feira, foi de que o orçamento para o setor havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e que não havia, até aquele momento, expectativa de alteração.
No caso de Belo Horizonte o valor necessário para que o sistema opere sem problemas é de R$ 100 milhões, conforme cálculos do presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais, Romeu José Machado Netos.
Segundo ele, antes do anúncio do ministro, este ano, o total que seria passado seria de R$ 57 milhões. "O impacto será nos contratos para limpeza de vagões, máquinas, estações e, ainda, na compra de peças e manutenção das composições", disse o sindicalista na terça-feira.
Entenda o caso
A divulgação do contingenciamento dos recursos ocorreu depois que começou a circular nas redes sociais, principalmente de pessoas ligadas ao metrô, uma ata da reunião entre todas as superintendências da CBTU. O encontro teria ocorrido em 31 de janeiro.
No documento, consta a redução de 42% do orçamento em relação ao ano passado. Belo Horizonte vai receber, segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), aproximadamente R$ 54 milhões para o ano todo. “Por mês, dá uma média de R$ 4,3 milhões. Somente com energia de tração são gastos R$ 2 milhões por mês, ou seja, metade do valor. Com certeza vai faltar verba”, afirmou Robson Zeferino, diretor do Sindmetro-MG.
Na ata também constam medidas de economia que seriam adotadas pela CBTU a partir de março, como operação comercial apenas em horários de pico, de segunda-feira a sexta-feira, além da notificação de empresas prestadoras de serviços para a suspensão parcial ou total de contratos. Os trabalhadores receberam a notícia com preocupação e questionaram a forma como são feitos os investimentos.