Durante o carnaval, com o grande deslocamento de pessoas para diferentes cidades e regiões, aumenta a preocupação com o risco de transmissão da febre amarela, principalmente com o movimento de turistas em áreas verdes, consideradas hábitat dos mosquitos transmissores. Como diversão e contaminação da doença é algo que não dá samba, a prevenção é a alternativa para quem deseja curtir a folia, livre de entrar no bloco de risco da doença que já provocou 61 mortes em Minas este ano.
“Todo o estado de Minas Gerais é área de recomendação para a vacinação contra febre amarela. Dessa forma, todas as pessoas que viajarem para o estado deverão estar imunizadas, lembrando que a vacina demora dez dias para agir”, informa a Secretaria de Estado de Saúde.
A infectologista Cláudia Biscotto, mestre em medicina tropical pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professora do curso de medicina da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), lembra que o prazo mínimo de antecedência para a vacinação já terminou para quem está com viagem marcada para o carnaval. “Aquelas pessoas que viajarem e que nunca foram vacinadas contra a febre amarela devem se proteger, fazendo o uso de repelentes”, orienta.
Em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, que tem a fama de promover um dos carnavais mais animados do interior do estado, a festa está sendo organizada sem considerar nenhum risco de queda de público pela preocupação com o surto de febre amarela. “Não vejo nenhum tipo de interferência, até porque Diamantina não está sendo foco de casos da doença”, afirma a secretária de Cultura, Turismo e Patrimônio do Município, Márcia Bethânia. Segundo ela, a expectativa é que a cidade receba pelo menos 6 mil visitantes por dia de carnaval.