Jornal Estado de Minas

Policiais ambientais resgatam animais silvestres em áreas urbanas no Triângulo Mineiro

Militares da 9ª Companhia de Polícia de Meio Ambiente, no Triângulo Mineiro, resgataram dois tamanduás neste sábado em áreas urbanas na região. Um deles, um tamanduá bandeira, estava ferido e necessitou de cuidados. Ele estava em terreno às margens da BR-365, no Distrito de Flor de Minas, em Ituiutaba. O outro, um tamanduá mirim, foi capturado em bom estado de saúde em Uberlândia. Uma coruja também ferida foi recolhida pelos militares na área rural da cidade.

Em Ituiutaba, à tarde, quando os PMs chegaram ao local em que estava o tamanduá bandeira, constataram que ele estava com as duas patas dianteiras feridas e sangrando. Foi necessário bastante cuidado em sua contenção, para que não se debatesse, já que aparentemente sofreu fraturas, depois de atropelado. Depois de resgatado, ele foi encaminhado a uma clínica veterinária na cidade para atendimento especializado.

O tamanduá bandeira é um dos símbolos do cerrado, e está ameaçado de extinção. De acordo com o sargento Eduardo Venâncio, a migração de animais silvestres é uma “infeliz realidade”, que ocorre pela expansão urbana, pelo avanço das fronteiras agrícolas, que destrói ou reduz seus habitat e os obrigam a sair em busca de alimento, água e abrigo em áreas de risco para eles nas cidades.

“Vale ressaltar que a crença de que este animal ataca com o conhecido 'abraço do tamanduá' acaba por ceifar a vida desses belos exemplares de nossa fauna silvestre.
O animal silvestre não ataca mas, se acuado, pode por instinto reagir para se defender. Para preservar a integridade física dos animais e das pessoas, o prudente e correto é ligar para as autoridades quando encontrá-los em áreas urbanas, para a adequada contenção, captura e remoção”, alerta Venâncio.

Em Uberlândia, no bairro Alto Umuarama, Leste da cidade, foi resgatado o tamanduá mirim, na manhã deste sábado.O animal estava na calçada de uma rua e foi feita a contenção. Saudável, sem ferimentos, ele foi levado para uma reserva de cerrado cerca de 15 quilômetros de Uberlândia e solta na mata, onde terá água, comida e abrigo em abundância, minimizando as chances de migrar para os centros urbanos.

No final da tarde deste sábado, os militares foram chamados para capturar uma coruja murucututu, no Distrito de Cruzeiro do Peixotos, em Uberlândia. O animal estava ferido e foi encaminhado ao Setor de Animais Silvestres da Universidade Federal de Uberlândia, para atendimento especializado. A ave é também conhecida popularmente como coruja-de-garganta-preta, corujão, coruja-do-mato, bate caixão e mocho-mateiro.
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