A Pampulha desperta hoje de mansinho, sem hora certa e com uma brisa suave brincando entre um e outro atleta que, ao redor da lagoa, tenta se livrar dos excessos desses dias da folia. Mas não só foliões arrependidos frequentam neste último dia de carnaval o cartão-postal de Belo Horizonte, que, com o seu conjunto arquitetônico do genial Oscar Niemeyer, integra a lista de bens considerados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio cultural da humanidade. Turistas, famílias que vivem nos arredores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mães e pais também irão à Pampulha em busca de espaços para os filhos patinarem, jogarem futebol e fazerem malabarismos com as suas bicicletas.
Assim foi durante o carnaval. Mas se ontem, essa pausa estratégica entre blocos não possibilitou aos frequentadores da Pampulha passear pelo zoológico e brincar no Parque Guanabara, hoje será diferente. Ambos estarão abertos. O primeiro das 8h às 17h, sendo exigido para o acesso a comprovação da vacinação contra a febre amarela, além das carteiras de identidade ou registros de crianças. O parque de diversão funcioná como em todo feriado, entre as 11h e as 21h30.
Pouca sorte tiveram ontem aqueles que se aventuraram nas duas atividades. A auxiliar administrativa Maristela Batista Fernandes, de 44 anos e o filho Bernardo, de 11 anos, pegaram ontem cedo o ônibus na Estação Diamante com o destino ao zoológico, jardim botânico e aquário do Rio São Francisco. Chegando lá, decepção. Portões fechados. “Mas se não há visitação, por que manter o ônibus que faz esse trajeto exclusivo a partir da Estação Dimante?”, queixou-se ela, lidando com a decepção do filho e com a despesa inútil do deslocamento.
Mais chateada ainda ficou a família de Martimiano Elias da Silva, aposentado de 66 anos, que veio do Paraná com a mulher Cleunice e os filhos Gabriel, de 16 anos, e Emanuely, de 8 anos, passear em Belo Horizonte. “Queríamos muito visitar o zoológico. Que pena”, considerou, antes de tentar a sorte no Parque Guanabara, também fechado. Sem atividade, só que por todo o carnaval, o Museu de Arte da Pampulha.
Na praça e na esplanada
Nos espaços públicos, como a Esplanada do Mineirão e a praça da Igreja São Francisco de Assis, da Pampulha a dose de alegria dos últimos dias tem tudo para se repetir hoje. A professora Priscila Brasil, de 34 anos, levou ontem a filhota Carice, de três anos pra brincar com a sua patinete, exibindo na cabeça o arco da Minnie. “Estivemos em blocos infantis e ela adorou. E eu também estou aproveitando o feriado para brincar com ela e também participar de alguns blocos”, disse Priscila.
Emoldurado pelos jardins de Burle Marx, o entorno da popular igrejinha, última obra prima do conjunto arquitetônico de Niemeyer a ser inaugurada, os turistas encantados exploraram ontem as curvas que, no passado, escandalizaram setores da conservadora sociedade mineira e autoridades eclesiásticas. Celulares nas mãos, turistas buscavam, frenéticos selfies, tendo o painel de Cândido Portinari ao fundo e, também, pelos vidros fechados da igreja, a Via-Crúcis representada em 14 painéis pelo artista.
Já na esplanada do Mineirão, o espaço aberto permitiu que anjos como Roberta Guss Brasil, de 9 anos, voassem sobre os patins, em meio a gargalhadas e ao olhar de sua família, que relaxava à mesa de um dos bares. “É a nossa rapinha do tacho. Viemos de Contagem só para que ela pudesse patinar e curtir um pouco da Pampulha”, explicaram os pais Irani e Newton Brasil. Também Pietra, de um ano, Aquiles, de três anos, e Geovanna, de 9 anos, partilharam ontem, pela manhã, da folia nos espaços abertos do Mineirão. Os dois primeiros, irmãos, levados pelos pais Jennifer Sena e Athos Amorim, que ciceroneavam a prima que chegara com a família de São Paulo.
Se na Esplanada do Mineirão hoje, a partir das 14h, o frenesi dos tamborins do Monobloco vão agitar o ambiente tranquilo das manhãs de carnaval, o Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego e a orla da lagoa, têm tudo para continuar, por toda a manhã, reduto para o relaxamento, onde o espírito se prepara para o encontro das cinzas da quaresma.
Serviço
Pampulha, o que fazer
Lazer e esporte: Esplanada do Mineirão, praça da Igrejinha, orla da lagoa, Parque Ecológico
Visitas: Zoológico, entre as 8h e as 17h
Parque de Diversão Guanabara, das 11h às 21h30
Carnaval: Monobloco, às 16h, entorno do Mineirão
Assim foi durante o carnaval. Mas se ontem, essa pausa estratégica entre blocos não possibilitou aos frequentadores da Pampulha passear pelo zoológico e brincar no Parque Guanabara, hoje será diferente. Ambos estarão abertos. O primeiro das 8h às 17h, sendo exigido para o acesso a comprovação da vacinação contra a febre amarela, além das carteiras de identidade ou registros de crianças. O parque de diversão funcioná como em todo feriado, entre as 11h e as 21h30.
Pouca sorte tiveram ontem aqueles que se aventuraram nas duas atividades. A auxiliar administrativa Maristela Batista Fernandes, de 44 anos e o filho Bernardo, de 11 anos, pegaram ontem cedo o ônibus na Estação Diamante com o destino ao zoológico, jardim botânico e aquário do Rio São Francisco. Chegando lá, decepção. Portões fechados. “Mas se não há visitação, por que manter o ônibus que faz esse trajeto exclusivo a partir da Estação Dimante?”, queixou-se ela, lidando com a decepção do filho e com a despesa inútil do deslocamento.
Mais chateada ainda ficou a família de Martimiano Elias da Silva, aposentado de 66 anos, que veio do Paraná com a mulher Cleunice e os filhos Gabriel, de 16 anos, e Emanuely, de 8 anos, passear em Belo Horizonte. “Queríamos muito visitar o zoológico. Que pena”, considerou, antes de tentar a sorte no Parque Guanabara, também fechado. Sem atividade, só que por todo o carnaval, o Museu de Arte da Pampulha.
Na praça e na esplanada
Nos espaços públicos, como a Esplanada do Mineirão e a praça da Igreja São Francisco de Assis, da Pampulha a dose de alegria dos últimos dias tem tudo para se repetir hoje. A professora Priscila Brasil, de 34 anos, levou ontem a filhota Carice, de três anos pra brincar com a sua patinete, exibindo na cabeça o arco da Minnie. “Estivemos em blocos infantis e ela adorou. E eu também estou aproveitando o feriado para brincar com ela e também participar de alguns blocos”, disse Priscila.
Emoldurado pelos jardins de Burle Marx, o entorno da popular igrejinha, última obra prima do conjunto arquitetônico de Niemeyer a ser inaugurada, os turistas encantados exploraram ontem as curvas que, no passado, escandalizaram setores da conservadora sociedade mineira e autoridades eclesiásticas. Celulares nas mãos, turistas buscavam, frenéticos selfies, tendo o painel de Cândido Portinari ao fundo e, também, pelos vidros fechados da igreja, a Via-Crúcis representada em 14 painéis pelo artista.
Já na esplanada do Mineirão, o espaço aberto permitiu que anjos como Roberta Guss Brasil, de 9 anos, voassem sobre os patins, em meio a gargalhadas e ao olhar de sua família, que relaxava à mesa de um dos bares. “É a nossa rapinha do tacho. Viemos de Contagem só para que ela pudesse patinar e curtir um pouco da Pampulha”, explicaram os pais Irani e Newton Brasil. Também Pietra, de um ano, Aquiles, de três anos, e Geovanna, de 9 anos, partilharam ontem, pela manhã, da folia nos espaços abertos do Mineirão. Os dois primeiros, irmãos, levados pelos pais Jennifer Sena e Athos Amorim, que ciceroneavam a prima que chegara com a família de São Paulo.
Se na Esplanada do Mineirão hoje, a partir das 14h, o frenesi dos tamborins do Monobloco vão agitar o ambiente tranquilo das manhãs de carnaval, o Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego e a orla da lagoa, têm tudo para continuar, por toda a manhã, reduto para o relaxamento, onde o espírito se prepara para o encontro das cinzas da quaresma.
Serviço
Pampulha, o que fazer
Lazer e esporte: Esplanada do Mineirão, praça da Igrejinha, orla da lagoa, Parque Ecológico
Visitas: Zoológico, entre as 8h e as 17h
Parque de Diversão Guanabara, das 11h às 21h30
Carnaval: Monobloco, às 16h, entorno do Mineirão