O número de mortes em decorrência da febre amarela já chegam a 76 em Minas Gerais. Os dados sobre a doença foram atualizados nesta quinta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG). Ao todo, 183 casos foram registrados. A situação pode ser ainda pior, já que outros 404 casos seguem sendo investigados. Os municípios que extrapolarem o teto financeira para internações devido a moléstia serão ressarcidos pelo Estado.
Leia Mais
Minas tem mais quatro casos confirmados de febre amarela Centros de Saúde abrem na segunda de carnaval para vacinação contra febre amarelaParque de Montes Claros é fechado devido ao surto de febre amarelaFebre amarela já matou 61 pessoas em Minas GeraisMortes por febre amarela chegam a 52 e vacina é exigida também no CaraçaFrancesa que viajou por Minas Gerais é diagnosticada com febre amarelaTotal de óbitos por febre amarela aumentou quase 25% desde o boletim anteriorO boletim seguinte foi divulgado em 17 de janeiro, com 22 casos, 15 mortes, e 46 notificações em apuração. Janeiro terminou com 81 casos confirmados, 36 mortes e 208 casos ainda sendo investigados. Em fevereiro, os números seguem aumentando. O primeiro balanço no mês foi no dia 6, quando 164 casos tinham sido confirmados, 61 óbitos, e 301 exames ainda estavam pendentes. Já nesta quinta-feira, foram incluídos mais 19 casos e 15 mortes.
A maioria dos casos seguem sendo entre os homens. Do total de confirmações, 167 são do sexo masculino, equivalente a 91,3%. Já as mulheres representam 8,7% dos casos. Foram registradas mortes em pessoas entre 3 e 88 anos, com mediana de idade de 48 anos. A letalidade no período 2017/2018 da doença é de 41,5%.
A cobertura vacinal ainda não atingiu a meta, que é de 95%. Segundo a SES/MG, a estimativa é de 3,2 milhões de pessoas em Minas Gerais sem imunização contra a febre amarela, o que representa 83,3%.
Ajuda financeira
Os municípios mineiros que extrapolarem o teto financeiro hospitalar com internações de pessoas com suspeita ou confirmação da doença poderão pedir ajuda ao Estado. A SES publicou uma deliberação no início de fevereiro aprovando o ressarcimento. O limite para cada cidade será de R$ 1,5 milhão. A resolução se aplica aos municípios mineiros que estão localizadas nas Regiões Ampliadas de Saúde Centro, Centro Sul, Lesto do Sul e Sudeste.
O município extrapola o teto financeiro quando realiza mais procedimentos de saúde do que foi pactuado para custeio mensal na Programação Pactuada Integrada (PPI). Na PPI, que é um processo de gestão do Serviço Único de Saúde (SUS), são definidas as ações de saúde para a população de cada cidade. Além disso, são definidos os limites financeiros de cada ente. Para ter direito ao ressarcimento, os prefeitos das cidades terão que apresentar o balanço da produção hospitalar realizada durante o período da deliberação. .