Um homem que usava nomes de delegados e da Polícia Civil para aplicar golpes foi preso por agentes do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc). José Eustáquio Menezes Júnior, conhecido como “Junior PC” ou “Grego”, de 42 anos, enganava pessoas oferecendo curso e prometendo uma vaga de emprego em unidades prisionais, sem concurso público. Já foram identificadas mais de 85 vítimas. O prejuízo total já chega a R$ 100 mil. O homem, que nega o crime, foi apresentado na manhã desta sexta-feira.
Leia Mais
Homem procurado pela polícia é assassinado em BHCorpo de menina esquecida dentro de carro é velado em Janaúba Jovens detidos por queimarem ônibus na Grande BH ameaçam incendiar mais coletivos Preso homem suspeito de aplicar golpes em passageiros na rodoviária de BHPolícia investiga golpes contra choperias na Grande BHAdolescente de 16 anos baleada pelo irmão é enterrada nesta sexta-feiraDe acordo com o inquérito, as pessoas interessadas no projeto deveriam ter curso superior e pagar uma taxa de inscrição. O valor variava entre R$ 670 até a R$ 820.
Os investigadores levantaram informações sobre o criminoso e conseguiram chegar até ele. Quando foi abordado, Grego reagiu e chegou a ferir os policiais. Na casa dele, vários produtos foram encontrados, até mesmo materiais utilizados por policiais civis. Nas redes sociais, ele se passava por membro da corporação. “Ele reagiu a prisão e agrediu os policiais, que acabaram lesionados. Na residência, encontramos uma camisa da Polícia Civil, uma bolsa usada por policiais, documentação de diversos indivíduos e munição.
De acordo com Wagner Pinto, o homem age desde setembro. Já foram identificadas 85 vítimas e o prejuízo de R$ 100 mil. Os pagamentos das inscrições eram realizados em contas poupança que estavam em nome de terceiros. Grego tinha ajuda de uma mulher para chegar até as pessoas interessadas no curso. A polícia tenta identificá-la. “Queremos ver se ela também foi ludibriada por ele, ou se agiu com ardil para aplicar os golpes.
Perfil das vítimas
As vítimas já identificadas pela Polícia Civil são pessoas esclarecidas, segundo o delegado. Todas têm curso superior. “Geralmente no estelionato, a vítima tem o interesse de alcançar alguma vantagem. Certo é que, como se dizem, os olhos grandes são que fazem a vítima de estelionato serem seduzidas pelo golpe. São pessoas de nível superior, bem informada, que acabam caindo no golpe pelo serviço fácil”, concluiu Wagner Pinto. .