A estação quente do ano ainda vai longe, mas o horário de verão termina hoje, à meia-noite. Portanto, falta pouco para atrasar uma hora no relógio nas regiões Sudeste, da qual Minas faz parte, Sul e Centro-Oeste. Se para quem tem apenas um de pulso é tarefa bem simples, imaginem para donos de mais de 100 exemplares, como o “objeteiro” Antônio Carlos Figueiredo, à frente do Museu do Cotidiano, no Circuito Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. “Detesto horário de verão, mas sou obrigado a acertar pelo menos 20 relógios, do contrário passaria uma semana fazendo esse serviço hercúleo”, afirma o colecionador, que tem mais de 100 mil itens no espaço de 600 metros quadrados, na Rua Bernardo Guimarães, 1.296. Por isso mesmo, ele se considera um “objeteiro”.
No Museu do Cotidiano, há peças de todo tipo, cor, marca, época, tamanho, procedência e material. No caso dos relógios, há ecléticos, de corda, movidos a bateria ou de quartzo; de parede, de pulso, de corrente, para pôr sobre o criado-mudo, e usado em minas. Há uns bem curiosos, diz Antônio Carlos, como os de barbearia, com os ponteiros ao contrário e próprios para serem consultados pelo espelho. Independentemente do dia, é ótimo visitar o museu, o que deve ser feito sempre com hora marcada e em visita guiada e conduzida pelo seu idealizador.
Durante os 126 dias de vigência da medida, a Cemig registrou redução diária de 4% na demanda do horário de ponta ou 350 megawatts. A economia é suficiente para atender, durante todo o período do horário de verão, o pico de carga de uma cidade de 800 mil habitantes, equivalente à soma das cidades de Juiz de Fora e Sete Lagoas. Em termos gerais, a empresa registrou redução no consumo de energia de 0,5% em Mina, o que significa economia de 108.000 megawatts-hora, energia suficiente para abastecer BH, com mais de 2 milhões de habitantes, durante nove dias.
BENEFÍCIOS De acordo com o engenheiro de planejamento energético da Cemig, Wilson Fernandes Lage, o objetivo do horário diferenciado é que a população aproveite a iluminação natural mais longa – característica da estação – e reduza a demanda energética no horário de pico, das 18 às 21 horas. “A redução da demanda máxima no sistema é o maior benefício, porque alivia o carregamento nas linhas de transmissão, transformadores, sistemas de distribuição e unidades geradoras de energia, aumentando a confiabilidade e a segurança da operação do sistema elétrico, reduzindo o risco de ocorrência de desligamentos no Sistema Interligado Nacional”, explica.
Ainda segundo o engenheiro, a economia percebida pelos consumidores residenciais e comerciais se refere a menor uso da iluminação artificial. Se não houvesse o horário de verão, os consumidores poderiam ter um acréscimo de 4% no consumo de energia com a iluminação artificial.
Enquanto isso...
Horário de verão
vai ser menor
Atendendo a um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governo federal alterou o período de vigência do horário de verão por meio do Decreto 9.242/2017. O objetivo é evitar atrasos na apuração e na divulgação dos resultados do segundo turno das eleições. Essa alteração ocorrerá a partir do horário de verão 2018/2019. Dessa forma, o início passa a ser no primeiro domingo de novembro de cada ano, em vez do terceiro domingo de outubro, como foi no ano passado, mantendo o término do período no terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte, exceto quando coincidir com o carnaval, como é atualmente.