Curando a ressaca depois de curto descanso da folia, pelo 30 blocos se reuniram ontem na Praça da Estação, na Região Central de Belo Horizonte, para o tradicional Vira o Santo. Realizado desde meados de 2009, o evento reúne os foliões para fazer uma despedida à altura do carnaval de rua.
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Ainda de 'ressaca' do carnaval, BH começa voltar à rotinaCarnaval termina com 11 mortes nas rodovias federais; número é 52% menor que 2017PM apreende cerca de 50 celulares em ação para recuperar aparelhos furtados no carnavalBlocos de BH defendem criação de passarelas para desfiles e 'segurança cidadã'Na ocasião, o público pode já matar a saudade e rever algumas atrações como Baião de Rua, Funk You, Garotas Solteiras, Juventude Bronzeada, Então, Brilha! e Tchanzinho da Zona Norte. Mas o encontro não foi marcado só por festa. A folia deu espaço para um protesto contra ação da Polícia Militar. Os blocos estenderam uma faixa onde estava escrito: “Carnaval não é caso de polícia”.
Os integrantes das baterias se abaixaram para que os foliões pudessem ler o recado. Um dos motivos da manifestação foi a prisão de duas pessoas no bloco Filhos de Tcha Tcha, que desfilou pelo Vale das Ocupações do Barreiro, na noite de segunda-feira.
Além desse episódio, grupos criticaram ações consideradas “exageradas” em blocos como Mikatreta e Pisa na Fulô. Uma carta aberta foi assinada por vários blocos para expor a insatisfação.
Mas, apesar das ocorrências envolvendo a PM, este ano teve o melhor carnaval de todos os tempos na opinião de Priscila Martins, de 30 anos, que após pular os quatro dias seguidos, marcou presença nos blocos Ziriguidum Stardust e no Vira o Santo.
“Descansei para ter o mínimo de voz e aproveitar o fim de semana na rua. Estou aqui desde 2011 e acho esta reunião dos blocos sensacional. De 0 a 10, a folia foi nota 20”, afirmou. A festa já deixa ansiedade para o ano que vem.