Um dos moradores mais velhos do zoológico de Belo Horizonte morreu na tarde de ontem. A Fundação Zoo-Botânica (FZB-BH) confirmou que o óbito do rinoceronte Doran, de 27 anos. O animal vivia no recinto havia mais de 10 anos. Segundo a fundação, o rinoceronte-branco (Cerathoterium simum) apresentava, desde 2009, um quadro de pododermatite – doença crônica comum em rinocerontes –, e mais recentemente outras lesões surgiram em seu corpo, em decorrência da enfermidade. “Ele vinha recebendo intensos cuidados no zoológico, com monitoramento contínuo das equipes técnicas”, informou o órgão, por meio de nota. O tratamento consistia em cuidados com as patas do animal, como cortes das unhas, curativos diários, manejo da dor e controle de possíveis infecções durante as crises.
Doran não respondeu bem ao tratamento proposto e seu estado piorou nas últimas semanas. O exame necroscópico foi feito pela equipe de médicos-veterinários da fundação acompanhada de especialistas em patologia veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo a fundação, as lesões foram compatíveis com o quadro crônico de pododermatite e incluíam alterações articulares e feridas nos membros.
Nascido no Usti Nad Lambem Zoo da República Tcheca, em 1991, Doran, que chegou ao Zoológico de BH em 1996, vivia em um recinto junto com Luna, fêmea da mesma espécie, atualmente com 48 anos de idade.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), nos últimos três anos morreram no zoológico um camelo, um leão, um hipopótamo, uma zebra e uma girafa.