Os proprietários da empresa Embraforte Segurança e Transporte de Valores foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Eles são acusados de desviar valores entre 2012 e 2013 no abastecimento de terminais de autoatendimento do Banco do Brasil no Estado. O prejuízo estimado é de ao menos R$ 22,7 milhões. Em 2015, o grupo já tinha sido denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por aplicar o mesmo golpe na Caixa Econômica Federal (MPF).
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MPF denuncia donos da Embraforte por peculato e formação de quadrilhaPreso em SP suspeito de participação em roubo milionário na Embraforte em BHPolícia tenta identificar bens adquiridos pela quadrilha que assaltou EmbraforteDeoesp investiga quadrilha que roubou banco fazendo reféns gerente e famíliaA promotoria identificou ao menos 11 empresas que eram usadas pelos denunciados para a lavagem de dinheiro. Elas receberam aproximadamente R$ 19 milhões em dinheiro vivo durante três anos, entre 2012 e 2015. Essas empresas estavam nos nomes dos acusados ou de familiares deles, que serviam como “laranjas”. De acordo com o MPMG, os denunciados adquiriram três empreas do grupo RRJ em São Paulo, em 2013, e outra do ramo de transporte coletivo em Botucatu (SP).
Além da denúncia, a promotoria pediu a decretação da perda de carros de luxo apreendidos no em São Paulo. Solicitou, ainda, a perda de imóveis identificados como sendo de propriedade dos denunciados ou de suas empresas.
Outra denúncia
Essa não é a primeira vez que a Embraforte entra na mira da Justiça. Em 2015, os donos, o gerente e o supervisor de tesouraria da empresa denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por peculato e formação de quadrilha. Eles foram acusados de desviar e se apropriar indevidamente de R$ 8,8 milhões que seriam usados para abastecer os caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal.
Segundo a denúncia, a Embraforte fazia abastecimento das máquinas e também o recolhimento diários das arrecadações em casas lotéricas. As investigações apontaram que o desfalque foi descoberto nos meses de setembro e outubro de 2013, quando a Caixa notou irregularidades na execução dos contratos. Somente em 25 de setembro daquele ano, foi detectada uma divergência de R$ 1,6 milhão entre o saldo físico, que era o valor entregue à empresa para ser transportado, e o saldo contábil - valor apurado no final do dia, após as entradas e saídas de numerário ocorridas durante o transporte.
As investigações apontaram, ainda, que em quatro dias seguidos de outubro, a Embraforte deixou de abastecer 41 terminais de autoatendimento.