Uma das armas utilizadas por criminosos no assassinato Katyane Araújo, mulher de um sargento da Polícia Militar (PM), em Abaeté, na Região Central de Minas Gerais, foi encontrado nesta sexta-feira. Policiais responsáveis pela investigação do caso foram até o local do crime junto com um dos criminosos presos. Ao lado da MG-176, em um matagal, foi apreendido um porrete de madeira e frascos onde foram armazenadas gasolina usada para queimar o corpo da vítima e um veículo. Três pessoas estão presas suspeitas de participação no crime. Segundo a Polícia Civil, duas confessaram o homicídio. Na segunda-feira será realizada a reconstituição da morte.
De acordo com o delegado Rodrigo Noronha, responsável pelo caso, o inquérito já está na fase final. “O crime está completando quase dois meses. Hoje diligenciamos no local onde possivelmente foram abandonados instrumentos utilizados no crime. Conseguimos encontrar um bastão que pertence ao taxista que está preso suspeito do assassinato. Além de três recipientes que foi utilizado pelos criminosos para colocar gasolina usada para incendiar o corpo da vítima e a caminhonete dela”, explicou.
O assassinato de Katyane aconteceu em 3 de janeiro. Testemunhas relataram a polícia que ela saiu de casa com R$ 2 mil, por volta das 20h, para ir ao mercado. No mesmo dia, aproximadamente uma hora depois, o carro dela foi encontrado em uma estrada vicinal próximo a MG-176, em um local conhecido como Estrada dos Potreiros. O veículo estava incendiado, mas nenhum suspeito foi localizado na região. As buscas continuaram para tentar localizar pistas do paradeiro de Katyane. Na noite de domingo, a PM recebeu uma denúncia dizendo que um corpo foi encontrado na zona rural do município. Os policiais foram até o local indicado e encontraram o corpo da mulher parcialmente carbonizado.
Durante as investigações, quatro pessoas foram presas. Porém, uma delas foi solta, a pedido da própria Polícia Civil, por não ter provas da participação dela no homicídio. Continuam presos um taxista e outros dois homens. “Os dois confessam o crime, mas o taxista nega. Porém, temos provas suficientes para incriminá-lo também. A motivação ainda está vaga, mas à principio é um desentendimento entre eles. A vítima fazia parte de um grupo que praticava estelionato e acabou morta pelos próprios comparsas”, afirmou o delegado.
Os policiais vão continuar a diligência na mata ao lado da rodovia para tentar encontrar uma faca que foi utilizada no assassinato. Na segunda-feira, será realizada a reconstiuição do crime com a participação dos criminosos presos.