A internação do médico e professor Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Bastos Fóscolo, está mobilizando os colegas da classe em todo o país em uma campanha pelo Whatsapp. Os médicos pedem aos plantonistas que avisem ao MG Transplantes caso surja um fígado para ser doado ao paciente, que está na fila de prioridade máxima para um transplante hepático.
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Professor de medicina da UFMG é internado em BH com suspeita de febre amarelaSaiba as regiões onde há maior risco de contrair febre amarela em MinasMais uma cidade da Região Central decreta situação de emergência por causa da febre amarelaProfessor de medicina da UFMG diagnosticado com febre amarela recebe altaSecretaria investiga casos de febre amarela em 11 pessoas vacinadas em MinasProfessor da UFMG pode ter contraído febre amarela em cidade da Grande BHProfessor da UFMG com febre amarela faz transplante de fígadoO médico de BH está internado no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Felício Rocho em estado grave com confirmação de diagnóstico de febre amarela. Parentes, amigos e alunos já fizeram campanha por doação de sangue para ele pelas redes sociais. Todos solicitaram que os interessados em ajudar fossem ao banco Hemoter, na Rua Juiz de Fora, 861, no Barro Preto (Centro-Sul de BH), informando o nome do paciente que necessita da ajuda.
A assessoria do hospital disse que a família não autorizou a passar informação sobre o estado de saúde do professor. Um médico da equipe, que também recebeu a mensagem sobre a doação, disse que a campanha não partiu de dentro do Felício Rocho e que não sabe quem iniciou o movimento.
BAIXA IMUNIZAÇÃO
EM MINAS PREOCUPA
Pelo menos 86 pessoas já morreram em virtude da febre amarela apenas em território mineiro, segundo o último boletim da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado há uma semana. A distribuição dos percentuais de vacinação pelas regionais traz à tona uma preocupação a mais, como mostrou o Estado de Minas em sua edição de sábado. Enquanto Minas persegue, desde o ano passado, um índice de 95% de imunização – os números atuais apontam cobertura vacinal de 84%, se considerado o estado como um todo –, cinco das 10 regionais mineiras com menores taxas (veja quadro) estão em regiões limítrofes com os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o surto também se alastrou e provocou vítimas.
Os dados da Saúde estadual apontam 222 casos confirmados da virose em Minas. Em São Paulo, boletim divulgado terça-feira informa 235 casos confirmados e 85 mortes, enquanto autoridades estaduais do Rio de Janeiro contabilizam 82 casos e 37 óbitos. Os números fornecidos pelo Ministério da Saúde ainda estão defasados perante os balanços estaduais, mas só incluem um óbito fora do eixo Minas/Rio/São Paulo, no Distrito Federal.
A baixa vacinação em parte dos municípios preocupa a Secretaria de Estado da Saúde. A pasta afirma que entre as 853 cidades mineiras, mais de um terço, ou 33,88%, ainda não alcançaram sequer 80% de cobertura vacinal; outras 34 têm entre 80% e 94,9% de seus moradores vacinados.