O governo de Minas Gerais se reúne, nesta manhã de segunda-feira, com representantes dos servidores dos sistemas prisional e socioeducativo que deflagraram greve nos últimos dias. O encontro busca um acordo entre as partes para por fim ao movimento iniciado após não cumprimento de promessa da administração estadual em 2015, sobre o pagamento da ajuda de custo para servidores técnicos e administrativos.
O grupo programou protestos em várias unidades para cobrar o cumprimento de acordo para equiparar os vencimentos da categoria aos dos demais agentes da segurança. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Minas Gerais (Sindpúblicos) Geraldo Henrique, a intenção é manter apenas os 30% de funcionamento exigidos por lei na área de saúde.
A mobilização envolve profissionais que trabalham na recuperação de presos, como psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, pedagogos e técnicos da área administrativa. Segundo o diretor do sindicato, o estado havia prometido equiparação de salários desses profissionais com outros da área de segurança que foram contemplados com reajustes na gestão anterior. O salário médio da categoria é de R$ 1.050 para nível médio e R$ 2.298 para o superior.
“Sabemos que o governo está impedido de dar aumento por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas outras categorias estão recebendo um auxílio. Receber esse adicional nos aliviaria até o cumprimento do acordo”, disse Hugo Barbosa de Paulo, outro diretor do sindicato. O adicional é de R$ 85 a R$ 105, segundo a entidade.
A Secretaria de Estado do Planejamento e Gestão do governo de Minas informou que o encontro com representantes da categoria está marcado para 11h. A Secretaria de Administração Prisional (Seap), por outro lado, informou que a rotina nos presídios do estado sem normal até esta manhã.