Jornal Estado de Minas

Servidores do sistema prisional de Minas prometem greve geral para a próxima semana

Os servidores técnicos e administrativos dos sistemas prisional e socioeducativo - em greve desde a última segunda-feira - prometem uma paralisação geral nos serviços a partir da próxima terça-feira (6). 

A medida será adotada caso o governo de Minas Gerais não envie uma proposta de negociação sobre o pedido de aumento salarial ou, em forma paliativa, de pagamento da ajuda de custo à categoria, acordo que teria sido firmado entre as partes em 2015 e não cumprido pelo Executivo estadual, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG).

Nesta quinta-feira, servidores estão reunidos deste o início da manhã em manifestação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Às 10h, o protesto ocorreu na Comissão de Administração Pública. A partir das 14h, o manifesto dos servidores está marcado para o plenário do Legislativo.

O diretor político do Sindpúblicos-MG, Geraldo Henrique, informou que o mediador enviado pelo governo para a reunião com os servidores na última segunda-feira, Carlos Calazans - assessor chefe de relações sindicais - “não tem conhecimento na área de segurança pública”. 

“Hoje temos uma adesão de 90% dos servidores. Estamos cumprindo os 30% de escala mínima na saúde. Agora, estamos aguardando eles nos chamarem, porque na terça-feira teremos assembleia em âmbito estadual e,  se não houver uma mesa de negociação com propostas,  vamos radicalizar e colocar100% do sistema parado”, alertou Geraldo Henrique. 

Procurada, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais ainda não se posicionou sobre as reclamações dos servidores. 

Entenda o movimento

A greve é de profissionais que trabalham na recuperação de presos, como  psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, pedagogos, e técnicos da área administrativa na Secretaria de Estado e Administração Prisional (Seap) e Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp).
 
Segundo a diretoria do Sindpúblicos, a mobilização é porque o governo de Minas havia prometido uma equiparação dos salários desses profissionais com outros da área de segurança que foram contemplados com reajustes da gestão anterior. 

O salário médio desses funcionários é de R$ 1.050 para nível médio e R$ 2.298 para quem tem curso superior. Entretanto, o governo de Minas alega um compromisso com a Lei de Responsabilidade Fiscal para não conceder o aumento. Sendo assim, o acordo entre as partes seria de pagamento adicional de ajuda de custo, que varia entre R$ 85 a R$ 105, segundo o sindicato.

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