A limpeza da Lagoa da Pampulha é um dos desafios dos administradores municipais de Belo Horizonte. Os trabalhos realizados em um dos cartões-postais da capital mineira vêm finalmente dando resultado nos últimos anos. Em dezembro de 2016, a qualidade da água atingiu a chamada Classe 3, que, segundo resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), permite, entre outras coisas, a pesca amadora e o contato secundário pelo ser humano em atividades como canoagem, remo ou passeios de barco. Mas, para isso, as atividades têm de ser regulamentadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Enquanto essa fase não ocorre, uma nova ação projeta a retirada de aproximadamente 130 mil metros cúbicos por ano de sedimentos e terra do fundo do manancial até 2022.
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O mesmo tipo de serviço foi feito entre 2013 e 2014. Na ocasião, foram retirados 850 mil metros cúbicos de terra e sedimentos.
As medidas fazem parte de um pacote de ações na lagoa. A primeira etapa foi a recuperação da qualidade da água e teve duração de 10 meses, com o término em dezembro de 2016. Com R$ 30 milhões investidos houve aplicação de duas tecnologias distintas e complementares.
O contrato com a empresa Consórcio Pampulha Viva, que realiza este trabalho, se encerra neste mês. A Prefeitura de Belo Horizonte se apressa para evitar a interrupção das ações. “Estamos cuidando de acertar a continuidade do serviço. Estamos avaliando de que forma o contrato será feito, entre outras coisas. Avaliamos que não vai ser paralisado”, prevê Aroeira.
Para o diretor de gestão de águas urbanas, ainda há desafios para a limpeza. “Existe aporte residual de esgotos na lagoa.
Aroeira ressalta que a melhora na qualidade da água já trouxe uma sobrevida ao local. “Felizmente, não ouvimos mais falar em mortandade de peixes. No passado, eram toneladas retiradas, porque a qualidade da água era ruim. Agora, a lagoa está mais resiliente, responde mais rápido às agressões provocadas pela poluição”, diz.
Em resumo
130 mil metros cúbicos serão retirados anualmente
R$ 70 milhões o custo do projeto
10 toneladas de lixo são recolhidas diariamente na lagoa, dobrando em período chuvoso