Pela segunda temporada consecutiva, Minas Gerais rompeu a barreira da centena de mortes em decorrência da febre amarela. No período de monitoramento compreendido entre julho de 2017 até ontem, 108 pessoas perderam a vida depois de contrair o vírus da doença no território mineiro. O total de pessoas infectadas já chega a 320. Todos os casos foram registrados a partir de dezembro. A situação pode ser pior. A Secretaria Estadual de Saúde (SES/MG) ainda investiga 624 notificações. Na temporada anterior da doença – monitorada até junho de 2017 –, houve 475 casos da enfermidade, com 162 mortes. A confirmação da febre amarela é feita por meio de exames analisados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Em meio ao avanço da doença, a cobertura vacinal chegou a 90%, ainda abaixo dos 95%, que é a meta. A estimativa é que quase 2 milhões de moradores ainda não se imunizaram.
A cada semana, os números da febre amarela em Minas Gerais aumentam significativamente. Em 27 de fevereiro, 264 casos tinham sido confirmados. Ontem, o balanço da SES mostrou que já são 320 pessoas que contraíram a doença na temporada 2017/2018, um aumento de 21,2%. Lembrando que isso não quer dizer que os pacientes tenham contraído o vírus no intervalo de sete dias, e sim que a confirmação se deu nesse período. No mesmo intervalo, as mortes passaram de 96 para 108, alta de 12,5%. Ainda está sendo avaliado o levantamento de informações clínicas e epidemiológicas de 11 pacientes com histórico de vacinação prévia e exame positivo para febre amarela.
As cidades que concentram os maiores números de casos e mortes em decorrência da doença nesta temporada fazem parte da Regional de Saúde de Belo Horizonte. Mariana, na Região Central do estado, já confirmou 24 pacientes com febre amarela e sete mortes. O número de óbitos só é menor que os de Nova Lima, na Grande BH, que tem 8. A cidade ainda contabiliza 19 infecções da enfermidade. Barão de Cocais, que faz parte da Regional de Saúde de Itabira, vem na sequência, com seis mortes.
Outra cidade que vem sofrendo devido à febre amarela é Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata. Já foram confirmados 18 casos da doença no município desde julho de 2017. Cinco pacientes perderam a vida devido à doença. Técnicos fizeram a vigilância entomológica no município e em Belmiro Braga, localizada na mesma região. A ação consiste na captura de insetos que podem ser vetores da doença.
MOSQUITO De acordo com a SES, foram encontrados, entre 23 e 29 de janeiro, 202 exemplares de mosquitos “com potencial transmissão da febre amarela” em Juiz de Fora, e 261 exemplares em Belmiro Braga. Foram encontrados insetos que transmitem o ciclo silvestre da doença, como os da espécie Haemagogus janthinomys, Haemagogus leucocelaenus e Psorophora ferox. “Verificamos a presença de exemplares de Haemagogus janthinomys positivos para o vírus da febre amarela em Juiz de Fora, indicando que o município apresenta apenas o ciclo de transmissão silvestre da doença, ainda que os casos tenham sido registrados na área delimitada como ‘urbana’. Além disso, esse achado evidencia o risco de transmissão dentro do município, mostrando a importância da realização das medidas de prevenção e controle da febre amarela”, indicou a SES por meio de nota técnica.
A mesma coleta está sendo realizada em Nova Lima, Belo Horizonte, Rio Acima, Carmo da Mata, Carmópolis de Minas, Ibiá, Laranjal, Presidente Bernardes, Ubá, Urucânia, Tabuleiro, Mercês, Miradouro, Muriaé, Argirita e Mariana. Os resultados das análises ainda não foram divulgados. Já está programado o estudo em municípios que fazem parte da Regional de Saúde de Ponte Nova.
VACINAÇÃO Mesmo com a continuidade do avanço da doença por Minas Gerais, muitos moradores ainda não procuraram a vacinação, a forma mais segura de se evitar a contaminação por febre amarela. Atualmente, a cobertura vacinal acumulada no estado está em 90%, mas a meta é atingir no mínimo 95%. Das 28 regionais de saúde do estado, somente cinco (veja quadro e mapa) alcançaram ou ultrapassaram a meta vacinal: Belo Horizonte (95,95%); Itabira (100%); Januária (98,24%); Teófilo Otoni (100%); e Uberlândia (100%). A estimativa da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) é que 1.986.836 pessoas ainda não foram imunizadas, especialmente na faixa etária de 15 a 59 anos, que também foi a mais acometida pelo surto da febre amarela no ano passado.
Entre os municípios mineiros, 25,4% das 853 cidades de Minas, o que corresponde a 217, ainda não alcançaram 80% da cobertura vacinal. Outros 34,4%, que correspondem a 294, estão entre 80% e 94,9% de seus moradores vacinados. Ações de intensificação vacinal estão sendo realizados em 461 cidades. Vale destacar que a vacina está disponível em todas as unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS) e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação.
A cada semana, os números da febre amarela em Minas Gerais aumentam significativamente. Em 27 de fevereiro, 264 casos tinham sido confirmados. Ontem, o balanço da SES mostrou que já são 320 pessoas que contraíram a doença na temporada 2017/2018, um aumento de 21,2%. Lembrando que isso não quer dizer que os pacientes tenham contraído o vírus no intervalo de sete dias, e sim que a confirmação se deu nesse período. No mesmo intervalo, as mortes passaram de 96 para 108, alta de 12,5%. Ainda está sendo avaliado o levantamento de informações clínicas e epidemiológicas de 11 pacientes com histórico de vacinação prévia e exame positivo para febre amarela.
As cidades que concentram os maiores números de casos e mortes em decorrência da doença nesta temporada fazem parte da Regional de Saúde de Belo Horizonte. Mariana, na Região Central do estado, já confirmou 24 pacientes com febre amarela e sete mortes. O número de óbitos só é menor que os de Nova Lima, na Grande BH, que tem 8. A cidade ainda contabiliza 19 infecções da enfermidade. Barão de Cocais, que faz parte da Regional de Saúde de Itabira, vem na sequência, com seis mortes.
Outra cidade que vem sofrendo devido à febre amarela é Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata. Já foram confirmados 18 casos da doença no município desde julho de 2017. Cinco pacientes perderam a vida devido à doença. Técnicos fizeram a vigilância entomológica no município e em Belmiro Braga, localizada na mesma região. A ação consiste na captura de insetos que podem ser vetores da doença.
MOSQUITO De acordo com a SES, foram encontrados, entre 23 e 29 de janeiro, 202 exemplares de mosquitos “com potencial transmissão da febre amarela” em Juiz de Fora, e 261 exemplares em Belmiro Braga. Foram encontrados insetos que transmitem o ciclo silvestre da doença, como os da espécie Haemagogus janthinomys, Haemagogus leucocelaenus e Psorophora ferox. “Verificamos a presença de exemplares de Haemagogus janthinomys positivos para o vírus da febre amarela em Juiz de Fora, indicando que o município apresenta apenas o ciclo de transmissão silvestre da doença, ainda que os casos tenham sido registrados na área delimitada como ‘urbana’. Além disso, esse achado evidencia o risco de transmissão dentro do município, mostrando a importância da realização das medidas de prevenção e controle da febre amarela”, indicou a SES por meio de nota técnica.
A mesma coleta está sendo realizada em Nova Lima, Belo Horizonte, Rio Acima, Carmo da Mata, Carmópolis de Minas, Ibiá, Laranjal, Presidente Bernardes, Ubá, Urucânia, Tabuleiro, Mercês, Miradouro, Muriaé, Argirita e Mariana. Os resultados das análises ainda não foram divulgados. Já está programado o estudo em municípios que fazem parte da Regional de Saúde de Ponte Nova.
VACINAÇÃO Mesmo com a continuidade do avanço da doença por Minas Gerais, muitos moradores ainda não procuraram a vacinação, a forma mais segura de se evitar a contaminação por febre amarela. Atualmente, a cobertura vacinal acumulada no estado está em 90%, mas a meta é atingir no mínimo 95%. Das 28 regionais de saúde do estado, somente cinco (veja quadro e mapa) alcançaram ou ultrapassaram a meta vacinal: Belo Horizonte (95,95%); Itabira (100%); Januária (98,24%); Teófilo Otoni (100%); e Uberlândia (100%). A estimativa da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) é que 1.986.836 pessoas ainda não foram imunizadas, especialmente na faixa etária de 15 a 59 anos, que também foi a mais acometida pelo surto da febre amarela no ano passado.
Entre os municípios mineiros, 25,4% das 853 cidades de Minas, o que corresponde a 217, ainda não alcançaram 80% da cobertura vacinal. Outros 34,4%, que correspondem a 294, estão entre 80% e 94,9% de seus moradores vacinados. Ações de intensificação vacinal estão sendo realizados em 461 cidades. Vale destacar que a vacina está disponível em todas as unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS) e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação.