Passados 10 dias do cancelamento da reunião que redefiniria as tarefas do Plano de Ação Emergencial de Barragens de Rejeito de Mineração da Casa de Pedra, a população do entorno do empreendimento da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Congonhas segue apreensiva sem saber quando receberá instruções de como proceder caso a estrutura se rompa. Em pleno período chuvoso, a apreensão permanece, mas não há nem sequer data para a reunião que definirá o dia do treino de evacuação. O encontro deve definir as tarefas emergenciais que caberão à Prefeitura de Congonhas, à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e ao Corpo de Bombeiros em caso de rompimento da barragem.
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A primeira prova do plano de emergência criado para a barragem chegou a ser feita em novembro, mas tropeçou em vários fatores técnicos: foram identificadas falhas nos sistemas de alerta em relação à mobilidade das pessoas e ao uso de meios de comunicação e de rádio. Na ocasião, foi feito o teste com duas sirenes – das cinco que foram instaladas – que emitiram som de alerta e mensagem de evacuação de residências para moradores; deslocamento de funcionários da empresa de áreas nos dois bairros para pontos de encontro identificados como locais seguros, além de avaliação da sinalização instalada pela empresa nessas rotas de fuga. No total, são oito pontos de encontro. Reportagem do Estado de Minas mostrou que os pontos de encontro estavam completamente abandonados, em terrenos baldios usados como bota-foras de lixo e entulho. Após as falhas, uma reunião foi marcada para definir as tarefas emergenciais..