Olhos avermelhados e lacrimejantes; pálpebras inchadas e avermelhadas; secreção esbranquiçada e sensação de areia nos olhos. Estes são os principais sintomas da conjuntivite, que já provocou 82 surtos em Minas Gerais só nos dois primeiros meses e começo de março deste ano. Para se ter ideia, em 2017, foram notificados à Secretaria de Estado de Saúde (SES) um total de 180 surtos. De acordo com a pasta, “um surto é quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica, além da normalidade".
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Após morte de macaco, ruas do Sion recebem pente-fino contra febre amarelaEfeitos da chuva ainda representam transtornos em BH mesmo com estiagemAbastecimento de água é retomado provisoriamente em Santo Antônio do GramaMinas já registrou 118 surtos de conjuntivite neste anoSegundo a SES, as cidades não são obrigados a notificar número de casos de conjuntivite, exceto se houver surtos. Ou seja, não é possível contabilizar o número certo de pessoas que foram infectadas pela doença. Apesar de a capital mineira não confirmar a existência de um surto, clínicas especializadas de olhos apontam um aumento de até 50% dos casos na última semana.
A conjuntivite é a inflamação da mucosa que, junto com a lágrima, protege o olho contra poeira, agressões do meio ambiente e outros fatores.
CAPITAL MINEIRA A regional de Belo Horizonte, que representa 39 cidades da Região Metropolitana, não notificou nenhum surto, mas os hospitais especializados de olhos apontam uma grande procura de pessoas com conjuntivite. O oftalmologista Cláudio Augusto Junqueira de Carvalho, do Centro Oftalmológico de Minas Gerais, confirma o aumento de pacientes atendidos pela clínica por conta da patologia. “O número que casos que atendemos mais que dobrou na última semana. A clínica está com filas devido a esse surto”, afirma o profissional.
A SES explica que a transmissão ocorre de pessoa a pessoa nos casos em que a doença é provocada por vírus ou bactérias, principalmente, por meio de objetos contaminados como equipamentos oftálmicos, toalhas, travesseiros, lenços e copos. Normalmente, a disseminação é rápida em ambientes fechados. Por isso, é preciso ter um cuidado especial em locais como escolas, creches, escritórios e fábricas.
*Estagiária sob supervisão do editor Roney Garcia
CUIDE-SE
Quinze dicas simples que podem reduzir a ocorrência da conjuntivite:
» Nunca compartilhe itens pessoais como maquiagem, travesseiros, óculos e toalhas de mão e rosto
» Cubra o nariz e a boca quando tossir ou espirrar e evite esfregar ou tocar os olhos
» Nunca compartilhe suas lentes de contato com outra pessoa e interrompa o uso caso apresente sintomas da conjuntivite
» Lave as mãos frequentemente, especialmente quando passar tempo na escola ou em outros lugares públicos
» Mantenha acessível um desinfetante manual como o álcool gel e use-o com frequência
» Limpe sempre as superfícies com um antisséptico apropriado
» Se você sabe que sofre alergias sazonais, pergunte ao seu médico o que pode ser feito para minimizar seus sintomas
» Ao nadar, use óculos de natação para se proteger de bactérias e outros microrganismos presentes na água
» Ande sempre com lenços de papel para secar ou limpar os olhos e jogue-os fora após o uso. Não guarde os lenços contaminados no bolso para reutilização
» Não use lentes de contato ou maquiagem na região dos olhos enquanto eles ainda estiverem vermelhos ou irritados
» Separe sua toalha de rosto e travesseiro, de preferência troque a fronha e a toalha todos os dias
» Use apenas o medicamento indicado pelo seu médico e lave os olhos com água filtrada ou tratada
» Faça compressas frias várias vezes por dia e lave o rosto e os olhos com água gelada sempre que possível
» Em caso de baixa de visão, procure novamente seu oftalmologista
» Evite a reinfecção não utilizando novamente a maquiagem
ou lentes de contato que possa ter usado no período em que estava doente