Ele ocupava o cargo de presidente desde janeiro de 2016, quando substituiu Ricardo Vêscovi, que se licenciou para se dedicar à defesa no processo criminal pelo rompimento da Barragem de Fundão, que deixou 19 mortos em 5 de novembro de 2015. A tragédia devastou a Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
O próximo presidente, Rodrigo Vilela, está na empresa desde outubro de 2016 e entrou na companhia para comandar os trabalhos de reforço das estruturas remanescentes da Barragem de Fundão, além da construção de um sistema de contenção de rejeitos.
O principal objetivo de Rodrigo é conduzir uma possível retomada das atividades da Samarco, que é analisada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) por meio da solicitação das devidas licenças ambientais. Enquanto as operações não retomam, Rodrigo acumulará o cargo de presidente interino com o de diretor de Operações e Projetos.
Já Roberto Carvalho começou na empresa em 1985, com atuação na área comercial nos cinco continentes. Deixou esse setor, onde ocupava a diretoria, para assumir a presidência em janeiro de 2016, momento em que trabalhou especialmente nas tratativas que culminaram com o Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC). O documento, assinado com a União e com os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, previu a criação da Fundação Renova, entidade que coordena as ações de recuperação do meio ambiente após a tragédia de Mariana.
Confira a situação das licenças que a Samarco protocolou na Semad para retomar suas operações em Mariana
Segundo a Semad, em 11 de janeiro, a Samarco teve aprovada, no Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), a primeira licença para retomar as atividades no Complexo de Germano, localizado entre Mariana e Ouro Preto.
"A Câmara de Atividades Minerárias (CMI) do Copam aprovou – por 11 votos a favor e um contra – as licenças prévia e de instalação da mina Cava Alegria Sul. As licenças correm juntas e autorizam a preparação da mina para receber os rejeitos. A licença de operação para início da produção na mina será analisada, no entanto, posteriormente, após a conclusão das obras de preparação da cava, pela empresa. A apreciação da licença de operação da mina será avaliada de forma concomitante ao processo de análise da Licença de Operação Corretiva (LOC), que avalia se a Samarco tem condições de cumprir requisitos técnicos e ambientais para voltar a operar", informou Semad. Depois de emitido, o parecer da secretaria ainda precisa ser aprovado pelo Copam para se tornar realidade.