Um canil que funciona nos fundos de uma casa na Rua Dom Braz Baltazar, no Bairro Cachoeirinha, Região Nordeste da capital, foi denunciado à Prefeitura de Belo Horizonte por moradores vizinhos. São cinco irmãos idosos, com idades entre 72 e 88 anos, que se dizem incomodados com os constantes latidos e mau cheiro que exala dos boxes que abrigam os cães.
De acordo com o irmão dos idosos, o engenheiro Flávio Norberto Pereira, que não mora no imóvel, o canil foi construído “aproveitando a base do muro divisório, o que já não é permitido legalmente, e a proximidade com os cômodos da casa impedem o sossego de meus irmãos”. A irmã mais velha de Flávio, Terezinha Leopoldina de Freitas, de 88, sofre do mal de Alzheimer e se encontra em estado vegetativo.
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O proprietário do canil, Vivaldo Ferreira Ramos, disse que o espaço abriga atualmente 40 cães para serem comercializados. São das raças Buldog Francês e Sptiz (alemã). Ele nega latidos constantes e atribui a denúncia à certa “intolerância de um dos irmãos, já que nem todos reclamam”. Flávio conta que, após a reclamação, conversou com outros moradores do bairro e que “nenhum se disse incomodado com o canil”.
Fiscalização
Vivaldo permitiu que a reportagem do Estado de Minas visitasse o canil, que estava limpo e bem cuidado, revestido de cerâmica e com divisórias e portas em vidro blindex, para facilitar a limpeza. Ele afirmou que tem alvará de funcionamento, que não foi exibido, e que toda a atividade é legal.
No entanto, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que o endereço citado não tem Alvará de Localização e Funcionamento. A Fiscalização da Regional Nordeste já notificou o proprietário para regularizar o documento. Em caso de descumprimento, será aplicado multa.
Em nota, a Vigilância Sanitária da Regional Nordeste informou que recebeu uma denúncia a respeito da situação somente na quinta-feira, dia 15, e previa uma vistoria no local com agentes de combate a endemias (ACEs). De acordo com a nota, a “Secretaria Municipal de Saúde irá verificar a situação do imóvel e dos animais, tanto no sentido da saúde animal, com teste de leishmaniose e análise de condições adequadas, quanto possíveis focos de Aedes aegypti; a atividade indicada não é sujeita à fiscalização da Vigilância Sanitária. As vistorias, neste caso, são realizadas somente mediante denúncia. A população pode acionar a Vigilância Sanitária por meio do telefone 156 e fazer a denúncia.