Professores da rede estadual de Minas Gerais decidiram, na tarde desta quinta-feira, manter a paralisação que já dura 23 dias. A categoria se reuniu no pátio da Assembleia Legislativa, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde decidiu a continuação da greve. O grupo também realizou protestos. Na parte da manhã, os trabalhadores fecharam a MG-010, na Região de Venda Nova. Eles atearam fogo em pneus e fecharam a via em direção ao Aeroporto de Confins. Outro ato aconteceu em frente ao Palácio da Liberdade.
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), durante a assembleia realizada no fim da tarde, a categoria avaliou as propostas apontadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), durante reunião de mediação realizada nessa quarta-feira. Porém, ficou decidido a continuação da greve.
A categoria alega falta de proposta do governo com relação ao cumprimento do acordo salarial estipulado entre os professores e o governador Fernando Pimentel (PT) em 2015. Esse acordo estipulava três atualizações nos salários (2016, 2017 e 2018), além do pagamento de abonos, para que este ano a categoria equiparasse os vencimentos mínimos por uma jornada de 24 horas ao piso nacional aplicado no Brasil.
Além disso, o sindicato também questiona o parcelamento dos salários, do 13º salário, a ausência de repasses para o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), passivos da carreira, férias-prêmio para quem aposentou, entre outros problemas.
O em.com.br entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (SEE), que informou que nesta sexta-feira o governo estadual deverá se posicionar oficialmente sobre o movimento paredista.