A polícia conseguiu prender dois homens suspeitos de incendiar um ônibus em fevereiro, no Bairro Havaí, na Região Oeste de Belo Horizonte. As investigações apontam que a dupla ficou revoltada com um assalto frustrado no Bairro Buritis. Dois integrantes da quadrilha acabaram baleados por um cliente de um restaurante e um deles morreu. Ao serem apresentados nesta segunda-feira, os investigados negaram o crime.
O incêndio foi registrado em 9 de fevereiro. O veículo estava estacionado na Rua Olenka Dias Bicalho quando, por volta das 2h, dois homens chegaram de moto ao local. No dia do crime, a Polícia Militar (PM) informou que os criminosos quebraram um dos vidros e atearam fogo ao veículo. O Corpo de Bombeiros utilizou 4 mil litros de água para apagar as chamas, que também atingiram a rede elétrica.
Logo depois do crime, a Polícia Civil começou a fazer os levantamentos iniciais e chegaram até uma tentativa frustrada de assalto que terminou com dois homens baleados. Informações davam conta que o incêndio poderia estar relacionado com a ocorrência. “Na verdade, houve um crime anterior de roubo no Bairro Buritis, em uma churrascaria, onde dois integrantes da quadrilha foram alvejados por amas de fogo por um cliente. Um desses integrantes veio a óbito. Os dois autores do incêndio, revoltados com a situação, resolveram atear fogo a um ônibus”, explicou o delegado Flávio Grossi.
Os dois homens baleados foram encaminhados para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Oeste para receber atendimento. Mas, um deles acabou morrendo. Os dois suspeitos do incêndio, Darlan Elias Batista, de 23 anos, e Marllon Carlos de Oliveira Soares, de 28, foram até o local para saber qual era o estado de saúde eles. “Eles foram à UPA para conferir a situação, se realmente havia óbito, e como estavam os parceiros" Segundo o delegado, um deles é irmão de um dos autores do incêndio. Ao saber da morte, ainda segundo o delegado, os suspeitos se deslocaram para o aglomerado da Ventosa e, revoltados e sob efeito do consumo de álcool, atearam fogo ao coletivo.
A escolha pelo ônibus foi aleatória, apontaram as investigações. De acordo com Grossi, o Bairro Havaí é próximo ao aglomerado da Ventosa, onde os suspeitos moram. No mesmo dia, segundo a polícia, comerciantes da região também foram ameaçados pela dupla. Darlan e Marllon foram identificados por meio de imagens de câmeras de segurança. Eles já têm passagens anteriores por uso de drogas, porte de arma, roubo, e homicídio tentado.