O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) suspendeu nessa quinta-feira, pela segunda vez em menos de 20 dias, as operações da Anglo American em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata mineira. O motivo da suspensão foi um novo vazamento no mineroduto da empresa, detectado no início da noite de ontem. A informação é da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
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Mineroduto se rompe pela segunda vez em menos de 20 dias em Minas Gerais Semad determina série de medidas à Anglo American por rompimento de mineroduto Anglo American será autuada por rompimento de mineroduto na Zona da MataMPF abre inquérito para apurar rompimento de mineroduto em MinasRompimento de mineroduto atinge sete quilômetros de dois rios na Zona da MataMPMG pede suspensão de operação de mineroduto até o fim de auditoriaNovo rompimento em mineroduto inquieta moradoresEmpresa fará pente-fino em mineroduto que se rompeu duas vezes em 17 diasApós novo vazamento em mineroduto, Anglo vai dar férias coletivas aos funcionáriosBombeiros resgatam adolescentes em acampamento atacado por abelhas Dados errados de cadastros criam terrenos sobre áreas de conservação em MinasA empresa confirmou o vazamento em nota. Ele foi identificado por volta das 18h55 de ontem. “O vazamento de polpa de minério de ferro, material não perigoso, durou aproximadamente cinco minutos e já foi estancado. Não houve feridos”, afirmou a mineradora. “O abastecimento de água em Santo Antônio do Grama não foi impactado, uma vez que agora a captação é feita pelo Rio Salgado.
Também por meio de nota, a Semad disse que foi informada sobre o vazamento às 20h24. A pasta informou que o “licenciamento ambiental do mineroduto é feito pelo Ibama”, que suspendeu as atividades em 12 de março e autorizado a retomada no dia 27.
No dia 12 deste mês, a tubulação da empresa, que transporta a produção de minério de ferro de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, se rompeu na zona rural de Santo Antônio do Grama. Aproximadamente sete quilômetros dos rios Santo Antônio e Rio Casca foram afetados pela polpa de minério (composta por 70% de minério e 30% de água) e o abastecimento de água precisou ser suspenso na região por três dias.
Na ocasião, um auto de fiscalização foi lavrado pelo Núcleo de Emergência Ambiental (NEA). O órgão determinou que a mineradora cumpra várias medidas, sendo a mais urgente a limpeza da calha do Ribeirão Santo Antônio do Grama e suas margens. Esse procedimento deve ser realizado até 31 de maioe já foi iniciado
De acordo com a Semad, o auto de fiscalização prevê também, a entrega, no prazo máximo de cinco dias, laudo atestando a estabilidade da barragem de emergência . Ele deverá ser emitido por uma empresa de consultoria e ter Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para investigar o primeiro rompimento da tubulação. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também investiga o caso. O órgão pediu o bloqueio imediato de R$ 10 milhões da Anglo American..