Mais cinco mortes em decorrência da febre amarela foram confirmadas em Minas Gerais pela Secretaria Estadual de Saúde (SES/MG). Balanço divulgado na tarde desta terça-feira pela pasta mostra que já são 150 moradores que perderam a vida nesta temporada da doença, que teve início em julho de 2017 e vai até junho deste ano. Vale ressaltar que os primeiros casos só foram registrados em dezembro.
Os casos da doença continuam aumentando desde o início do ano. Em apenas uma semana, 33 novas confirmações foram incluídas no balanço, saltando de 413 para 446. Já em relação as mortes, pularam de 145 para 150. Lembrando que não significa que os casos e os óbitos aconteceram neste intervalo. A situação pode ser ainda pior, pois ainda há 567 casos sendo investigados, sendo 20 óbitos.
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Professor de medicina da UFMG diagnosticado com febre amarela recebe altaMortes por febre amarela chegam a 145 em Minas, média de 1,5 por dia desde dezembroParques fechados em Nova Lima por surto de febre amarela são reabertos nesta segundaMinas se iguala a São Paulo no número de mortes por febre amarelaDesde dezembro, febre amarela já matou 155 pessoas em Minas GeraisPeríodo crítico da febre amarela passou, mas governo mantém alertaA temporada 2017/2018 teve início em julho do ano passado. Porém, o primeiro paciente confirmado com a doença no período começou a sentir os sintomas em 23 de dezembro. De lá para cá, os casos se multiplicaram rapidamente. As regiões metropolitana de Belo Horizonte e de Juiz de Fora na Zona da Mata, continuam sendo as que concentram o maior número de casos.
Mariana, que faz parte da Regional de Saúde de Belo Horizonte, assumiu a liderança da estatística de maior número de casos registrados. São 38 moradores com a enfermidade, sendo sete mortes da doença. Em número de óbitos, Nova Lima, que responde pela mesma Regional, é que está à frente. São 10 casos. Juiz de Fora tem 37 casos confirmados da doença e nove mortes.
Circulação
A circulação do vírus da febre amarela em Minas Gerais pode ter diminuído. O estado não registrou nenhuma epizootias – mortes de primatas – que servem de sentinela para a circulação do vírus, em março. Em fevereiro, 15 municípios encontraram os corpos de macacos mortos. Vale lembrar que os animais não transmitem a doença e sofrem igual aos humanos.
A cobertura vacinal em Minas Gerais está em 91,91%, ainda abaixo da meta, que é 95%. Mesmo assim, vem tendo alta a cada semana. Ainda há uma estimativa de 1.606.357 pessoas que ainda não foram imunizados. A faixa etária que menos se vacinou está compreendida entre 15 e 59 anos de idade, justamente a mais atingida pela doença em 2017.
Entre os 853 municípios mineiros, 181 não alcançaram 80% da cobertura vacinal, o que representa 21,22%. Outros 30,95% estão com cobertura entre 80% e 94,9%, e 47,83% estão acima da meta de 95%. Vale ressaltar que a vacina está disponível em todas as unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS). .