Os professores da rede estadual de ensino decidiram em assembleia manter a greve que já se estende por quase um mês. A categoria se reuniu no pátio da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde decidiu a continuação da greve.
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), 40% das escolas participam do movimento. Já a Secretaria de Estado de Educação, afirma que apenas 13% das escolas do estado aderiram à greve, sendo que 444 paralisaram parcialmente e 214 estão totalmente paralisadas.
A paralisação começou em 8 de março. Os trabalhadores reivindicam o pagamento do piso nacional dos professores, conforme acordo firmado com o Governo de Minas em 2015, e o fim do parcelamento da remuneração e do 13º salário.
A categoria alega falta de proposta do governo com relação ao cumprimento do acordo salarial estipulado entre os professores e o governador Fernando Pimentel (PT) em 2015. Esse acordo estipulava três atualizações nos salários (2016, 2017 e 2018), além do pagamento de abonos, para que este ano a categoria equiparasse os vencimentos mínimos por uma jornada de 24 horas ao piso nacional aplicado no Brasil.
Ainda de acordo com o sindicato da categoria, o governo já acumulou e não repassou à categoria dois reajustes, um relativo a 2018 e outro a 2017. Uma nova assembleia está marcada para a próxima terça-feira, às 14h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que as dificuldades financeiras que o estado atravessa impedem o cumprimento do acordo pelo piso e que vem se empenhando na busca de uma conciliação com o sindicato da categoria.
MANIFESTAÇÕES Na manhã desta quinta-feira, trabalhadores da educação estadual realizaram uma marcha que saiu de Contagem, na Grande BH, e chegou na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O protesto complicou o trânsito na Avenida Amazonas, sentido Centro, principal via percorrida durante a manifestação. Ao final desta atividade, a categoria desceu em caminhada até o Palácio da Liberdade, na Praça da Liberdade, onde realizaram um almoço coletivo. (Com informações de Guilherme Paranaiba)
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie