A denúncia de um tiro disparado por um morador do Bairro Santo Antônio, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, contra um garçom da vizinhança levou a polícia a um verdadeiro arsenal, acompanhado de pólvora e farta munição, guardados no imóvel do suspeito. Com histórico de problemas com vizinhos, de quem ganhou o apelido de “Maníaco da Janela” pelo hábito de olhar insistentemente para o interior de moradias vizinhas, o homem foi preso com várias armas com registro de colecionador em seu apartamento na Rua São Domingos do Prata, no Bairro Santo Antônio, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
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A equipe do Estado de Minas esteve nas imediações da casa do autor do crime e também do bar onde trabalha o funcionário agredido, separados apenas por um quarteirão da Rua Viçosa. Com medo de represálias, muitas pessoas abordadas não quiseram dar declarações, mas a grande maioria deixou claro que o homem preso pela PM é conhecido no Bairro Santo Antônio por seus problemas com a vizinhança.
No momento da chegada da PM no local, o autor não estava, mas testemunhas apontaram seu endereço. Como ele se recusou a abrir a porta, a fechadura foi arrombada e os militares entraram no imóvel, encontrando o suspeito dentro do apartamento, acompanhado de um idoso, que seria seu pai, e de uma cuidadora do senhor. “Ele se identifica como policial civil, mas não é da polícia, e já tem passagens anteriores por disparos de arma de fogo”, afirma o tenente-coronel Júlio Meneguite.
No local, foram encontradas três pistolas calibre .380, duas pistolas calibre .40, uma carabina Winchester calibre .44, uma escopeta calibre 12, além de muita munição e carregadores de armas. Ainda segundo o comandante do Batalhão Rotam, como o autor não apontou de qual arma foram feitos os disparos, todo o arsenal foi apreendido, após contato prévio com a Polícia Civil. A maioria das armas tinha o registro de colecionador, conforme o tenente-coronel.
Como a vítima da primeira ação foi atingida por uma coronhada, ela foi encaminhada para o hospital, onde foi atendida e acompanhou o encerramento da ocorrência. A cuidadora do idoso que estava na casa informou que foi obrigada a manter a porta fechada quando os policiais chegaram. O caso foi encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil do Barreiro e não havia sido encerrada até o fechamento desta edição. O Estado de Minas tentou, mas não conseguiu contato com o acusado ou alguém que pudesse falar em seu nome.
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