Uma grande cratera provoca há pelo menos um mês a intervenção em uma das pistas de rolamento, no sentido Contagem, da Avenida Heráclito Mourão de Miranda (conhecida como Avenida Atlântica), próximo ao número 2.841, no Bairro Santa Terezinha, Região da Pampulha. Segundo moradores, o buraco foi formado durante as fortes chuvas do mês de março que atingiram a região. Partes da pista, da calçada e do muro de contenção do córrego Ressaca cederam e o leito encontra-se tomado de entulhos, terra, pedras e concreto levados pelas águas.
De acordo com Mário Palhares, dono de uma indústria na esquina com a Rua Felício dos Santos, já é a terceira vez que a pista sofre abatimento: “Quatro meses após o término do alargamento do canal do Córrego Ressaca (em 2017), abriu-se um buraco, a prefeitura reconstituiu a pista e na primeira chuva o problema se repetiu. Agora ele está de volta”.
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Cratera vizinha do Viaduto Santa Tereza foi fechada mas trecho segue impedidoCratera com 10 metros de comprimento se abre na PampulhaBuracos já interditaram pelo menos seis vias desde o início de 2018 em BHAdutora se rompe e interdita a Avenida Afonso PenaObras em cratera que fecha parte de rua no Bairro Floresta começam nessa segunda-feiraCom investimento de R$ 68 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Prefeitura de BH concluiu, em 2017, a obra de drenagem projetada para reduzir os riscos de alagamentos no entorno do Córrego Ressaca, na Avenida Heráclito Mourão de Miranda e reduzir as enchentes no Bairro Santa Terezinha. A intervenção durou dois anos e consistia na ampliação da capacidade de escoamento do canal, localizado em área de várzea (plana e inundável), onde há ocupação humana.
Um dos objetivos principais da obra, de acordo com a prefeitura, era diminuir as ocorrências de alagamento do canal, o que acabou não funcionando. Além dos problemas com a destruição das barras de contenção, o Estado de Minas apurou com moradores e comerciantes da região que no período de chuvoso iniciado no fim de novembro os alagamentos na avenida foram frequentes e destruíram, além das barras de contenção citados, parte da estrutura de uma travessia para pedestres entre as avenidas Ayres da Mata Machado, no Santa Terezinha, e Altamiro Avelino Soares, no Bairro Castelo.
Em dezembro, a força das águas resultou na destruição de 11 barras de concreto que estruturavam parte da barreira de contenção da água e deixou exposto um buraco na lateral do leito, próximo à ponte que leva os motoristas da Heráclito Mourão de Miranda para a Avenida Tancredo Neves, um dos principais acessos da região à Avenida Pedro II e ao Centro da capital mineira.
A assessoria da Secretaria Municipal de Obras Públicas de Belo Horizonte, informou que se encontra em andamento a licitação para recuperação da laje de fundo do leito do córrego e que a obra ainda está sob garantia. A empresa responsável, Ster Engenharia, vem mantendo equipes de reparo ao longo da via.