Os laudos técnicos produzidos pelos engenheiros e auditores contratados pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e entregues em dezembro ao Ministério Público da comarca de Congonhas consideram que a Barragem Casa de Pedra voltou a ter condições de estabilidade e segurança. A estrutura é uma das mais perigosas do estado, pois se ergue sobre três bairros com cerca de 4.800 pessoas ameaçadas em caso de rompimento. A demora nos treinamentos da população, contudo, ainda causa apreensão, pois não ocorre há quatro meses.
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Moradores de Congonhas ainda temem rompimento de barragemCom risco de rompimento, vizinhos de barragem em Rio Acima temem 'nova Mariana'Alarme falso na barragem Casa de Pedra indica despreparo da comunidade para a fugaAmeaça das barragens é discutida em seminário gratuito em CongonhasMoradores e autoridades de Congonhas cobram simulado por causa de barragemPor esse motivo, o MP iniciou negociações e num acordo determinou que a mineradora deveria fazer intervenções que garantissem a estabilidade de Casa de Pedra. As ações em campo terminaram no mês passado e segundo o laudo, divulgado hoje (12), as infiltrações foram controladas e os fatores de segurança para operação foram considerados "sarisfatórios". As obras devem seguir até maio deste ano.
O MP solicitou, também, o cumprimento do Plano de Ação de Emergência (PAE) de barragens, uma exigência que passou a vigorar segundo portaria do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Este plano foi criado, mas apenas um teste foi feito, resumindo-se a um acionamento de sirenes, há quatro meses, e ao treinamento do pessoal técnico. Contudo, não foi dada nenhuma orientação para a população sobre os procedimentos necessários em caso de alarme.
Por enquanto, não há data certa para que uma próxima etapa de treinamento ocorra. "O importante, é que trabalhamos com uma barragem estável e segura. Os demais processos, como a implantação dos planos de emergência, são fatores que evoluirão dentro de um cronograma. É importante destacar que estaremos atentos a todo esse processo", disse o promotor Vinícius Alcântara Galvão, responsável pelo acordo com a CSN. .