Jornal Estado de Minas

Período crítico da febre amarela passou, mas governo mantém alerta


O pico da epidemia de febre amarela já passou, mas o governo de Minas vai insistir no alerta contra a doença e no trabalho para alcançar a meta de vacinar 95% da população. Segundo o subsecretário de vigilância e proteção à Saúde, Ricardo Said, o período sazonal propício à propagação da doença acabou com um saldo de 446 casos confirmados em Minas, incluindo 150 mortes. Said participou de cerimônia de assinatura de protocolo de intenções do governo com a Fiocruz nesta quinta-feira, no Palácio da Liberdade.

De acordo com o subsecretário, a preocupação com a febre amarela ainda é grande. O estado tem atualmente 92% de cobertura vacinal e o alerta para a prevenção é permanente. Apesar do período crítico ter passado, novos casos podem ocorrer.

“Estamos com uma grande dispersão de vírus no nosso estado. Então, é importante manter a intensificação da mobilização da população de Minas para vacinar contra febre amarela. Apesar de a meta ser chegar a 95% de cobertura, o subsecretário afirmou que o ideal era ter 100% das pessoas vacinadas.
“Estamos falando de uma doença transmitida por vetores. Devido à alta densidade, eles podem encontrar os 5% da população não vacinados”, disse, se referindo à meta de vacinar 95% das pessoas.

O governador Fernando Pimentel (PT) assinou nesta quinta-feira um protocolo de intenções entre o governo e a Fiocruz para a ampliação das parceiras para estudos e desenvolvimentos de pesquisas sobre a febre amarela e outras doenças. Um dos focos será ajudar na análise dos dados do surto da doença que atingiu o estado nos últimos meses.

“A Fiocruz vai ter grande importância para ajudar a gente a compreender esse processo de dispersão do vírus no estado, da infecção, das epizootias, da vulnerabilidade da nossa população com a febre amarela, mesmo partindo de um cenário em que a gente tinha 50% de cobertura vacinal”, afirmou o subsecretário.

Pimentel exaltou a parceria e disse que estudos feitos em Minas Gerais podem ajudar no desenvolvimento do país. A diretora da Fiocruz, Nísia Trindade, afirmou que o acordo com o governo está sendo feito em outros estados e faz parte de uma política de defesa do Sistema Único de Saúde e da ciência e tecnologia..