Moradores dos bairros ameaçados por barragens em Congonhas e cidadãos da região que querem se informar sobre os seus direitos relativos à instalação e manutenção desse tipo de estrutura receberão uma oficina neste sábado (14), em Congonhas, promovida pela plataforma digital e observatório Lei.A, uma Organização Não-Governamental voltada à defesa do meio ambiente apoiada pelo Ministério Público de Minas Gerais.
O seminário contará com especialistas no assunto e também com atingidos pela Barragem do Fundão, em Mariana, que poderão compartilhar seus dramas e experiência. O rompimento da barragem da mineradora Samarco, controlada pela Vale e a BHP Biliton, constitui o maior desastre sócio-ambiental do Brasil, matando 19 pessoas e devastando o meio ambiente na bacia do Rio Doce até o litoral brasileiro.
Congonhas é hoje um dos municípios mineiros mais ameaçados por barragens, pois se encontra cercado por 30 dessas estruturas, de acordo com a ptrefeitura local, sendo várias dessas construções empreendimentos sem garantias técnicas de estabilidade. A mais perigosa é a Barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que avança sobre a área urbana ameaçando três bairros com 4,8 mil habitantes. Desde 2013, o barramento apresenta problemas e tem sido alvo de requisições de intervenções do MP, a mais recente findada ontem.
No seminário, estarão presentes também integrantes do jornal A Sirene, criado pelos atingidos em Mariana e será oferecida também uma oficina gratuita e aberta a toda a população da região, com a presença de comunicadores, engenheiros, advogados, juristas e ambientalistas. As atividades serão na sede da Associação dos Moradores do Bairro Residencial Gualter Monteiro, na Rua Carlota Cordeiro, 40. Saiba mais sobre o seminário: https://goo.gl/VCyoaz