Chegou a vez dos camelôs que trabalhavam nas ruas do Barreiro, em Belo Horizonte, ganharem uma vaga num dos dois shoppings populares que abrigam, atualmente, ex-ambulantes do Centro e de Venda Nova. A operação urbana da Prefeitura de BH (PBH), responsável pelo combate ao comércio irregular nas calçadas, chegou à terceira região da cidade. Amanhã, ocorre o sorteio dos boxes ou bancas a serem ocupados pelos comerciantes ilegais. O edital de chamamento público foi divulgado no Diário Oficial do Município (DOM) na última sexta-feira.
O resultado com a classificação final será publicado no DOM e depois da divulgação da lista contendo a ordem de prioridade de escolha dos camelôs participantes, a Secretaria Municipal de Política Urbana fará, na próxima sexta-feira, os atendimentos presenciais no Shopping Uai do Centro (Rua Saturnino de Brito, 17), para que ocorra a efetiva escolha do box ou banca pelo participante e também a assinatura do termo de colaboração.
A prefeitura informa que se no momento designado para o seu atendimento o camelô por qualquer motivo não estiver presente no local definido, mas comparecer, ainda que com atraso, ao dia e turno de atendimento para o qual foi sorteado, ele perderá a ordem de prioridade de escolha e irá para o fim da fila, mas ainda poderá escolher seu box ou banca.
REMANESCENTES Os camelôs incluídos no cadastro único que não tenham cumprido os prazos definidos pela secretaria, nem comparecerem ao atendimento para a escolha dos boxes ou bancas, ou, ainda, que se recusarem a optar por um box ou banca disponível no momento de seu atendimento poderão concorrer apenas aos boxes ou bancas remanescentes.
No Barreiro, tradicionais pontos de ocupação dos ambulantes, como a Rua Barão de Coromandel e a Avenida Visconde de Ibituruna, estão com vigilância intensificada para impedir a volta dos comerciantes ilegais, retirado das vias públicas há cerca de dois meses. Ontem, a Guarda Municipal e equipes da fiscalização da PBH marcavam presença.
A realocação faz parte do Plano de Ação do Hipercentro, que começou com a retirada dos camelôs das ruas do Hipercentro de BH no fim de junho do ano passado. Em julho, o grupo Uai foi o único que respondeu à chamada da administração municipal para acolher os ambulantes temporariamente. A intenção era que eles tivessem bancas nesses locais, por um custo de R$ 30 ao mês, até a aprovação de projeto de lei enviado pelo Executivo à Câmara Municipal para ordenar a atuação dos ambulantes em caráter definitivo.