Jornal Estado de Minas

Homem que confessou ter arrancado coração de garota é julgado em Minas


Um dos crimes que chocou Minas Gerais, e ganhou até repercussão internacional, começa a ser julgado. Jairo Lopes, de 42 anos, é réu no julgamento da morte de Raiane Aparecida Cândida, de 10, em Buenópolis, na Região Central de Minas, em junho 2016. Ele confessou o crime na época das investigações e responde por homicídio, estupro e roubo. A garota foi brutalmente assassinada e teve o coração arrancado pelo criminoso. Familiares da vítima acompanham a audiência.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o julgamento começou por volta das 9h. O réu chegou ao fórum Alfredo Machado, no Centro da cidade, acompanhado de agentes penitenciários. Jairo está detido no presídio José Martinho Drummond de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O júri está em andamento e é presidido pelo juiz Eliseu Silva Leite Fonseca.
Ainda não há previsão de término.

Jairo foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio, estupro de vulnerável, ocultação e vilipêndio de cadáver. O assassinato brutal chocou a população mineira. A menina saiu de casa, na localidade de Siriema, distante 30 quilômetros da área urbana da cidade, para pegar um ônibus que a levaria à escola, em Salobro, também na zona rural de Buenópolis. Mas a garota não chegou a pegar o coletivo. O corpo dela foi encontrado dois dias depois jogado na beira de uma estrada.

Durante as investigações, Jairo confessou o assassinato. Contou que abordou a garota e caminhou aproximadamente quatro quilômetros com ela ainda viva. Quando estavam no meio de um matagal, afirma que a assassinou.
A menina sofreu um corte na altura do estômago e teve o coração arrancado. O homem disse que enterrou o órgão próximo a um rio, mas não soube precisar o local.

O homem contou que primeiro estrangulou a garota e depois usou uma faca para mutilá-la. Jairo disse que arrancou o coração da menina para se certificar da morte. O motivo, de acordo com os investigadores, era impedir que a criança denunciasse o estupro. .