O soldado da Polícia Militar Gilberto Novaes, suspeito de matar a ex-mulher a tiros em Santos Dumont, na Zona da Mata, e sequestrar a filha de 4 anos, foi preso quando pretendia fazer documentos falsos. O serviço de inteligência da Polícia Militar (PM) conseguiu identificar que ele viria a Belo Horizonte e os militares, em trajes civis, conseguiram prendê-lo nas imediações de um shopping popular no Centro da capital mineira. Já se sabe que Gilberto passou ao menos uma noite em BH em um motel na Região Centro-Sul. A menina estava com o policial no momento que ele foi detido e acabou resgatada. Ela recebe ajuda de psicólogos da PM e a família dela é aguardada.
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Para evitar a reação do soldado e resguardar a filha dele, os policiais descaracterizados tiveram calma no momento da prisão. “A PM fez essa a aproximação conseguiu fazer a prisão com a máxima tranquilidade até para diminuir a exposição dessa menina. Ela passa bem, já se encontra com o corpo psicológico da própria PM aguardando familiares para o desenrolar dos fatos”, contou o major.
O soldado foi encaminhado para uma companhia da PM, que não foi informado para resguardar a criança. A menina recebeu ajuda psicológica de militares e passa bem. Familiares dela foram contatados para vir a Belo Horizonte.
Noite na capital
As investigações ainda vão seguir para identificar como se deu a fuga do soldado. De acordo com a PM, já se sabe que ele passou ao menos uma noite em BH.
As apurações também vão apontar quais são as causas do crime. As informações colhidas inicialmente, indicam que ele não estava satisfeito com a separação. Ao ser preso, segundo a PM, o soldado alegou problemas psicológicos.
Medidas protetivas
Gilberto teria atacado a mulher quando ela saiu de casa para receber comida encomendada.
O soldado utilizou o carro de um colega para não ser reconhecido. O proprietário do carro foi ouvido e disse que o militar trocou de veículo com ele dias antes. Não foi divulgado qual o motivo para a troca. De acordo com a PM, o policial estava afastado por problemas psicológicos e era ligado ao 29º Batalhão, de Poços de Caldas, no Sul de Minas. A vizinhança disse aos investigadores que as brigas entre Gilberto e Sthefania eram frequentes e brutais, motivo pelo qual ela pediu proteção à polícia.
Segundo o Major Flávio Santiago, a PM fazia o acompanhamento do caso desde o ano passado. “Fizemos diversos boletins de ocorrência de ameças e também visitas tranquilizadoras. Ela (a vítima) ligava para os militares que rapidamente deslocavam para dar segurança. Tomamos todas as medidas para ofertar ao ordenamento jurídico e ao processo de persecução criminal, informações, inclusive, que geraram a própria medida protetiva”, disse.
O militar já respondia um processo administrativa devido ao caso e estava prestes a ser expulso da corporação, de acordo com o major.