Morador da zona rural de Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata em Minas, o produtor rural Antônio Pereira de Acipresti, de 53 anos, foi um dos atingidos pelo vazamento do mineroduto da empresa Anglo American, que corta o município. Antônio trabalhava com criação de gado em área de 15 hectares que possui a 10 km da cidade. Do outro lado da estrada que serve sua propriedade, passa o mineroduto. No segundo dos dois vazamentos de minério de ferro que ocorreram na estrutura, nos dias 12 e 29 do mês passado, pelo menos a metade de sua área recebeu uma verdadeira “chuva” de minério de ferro.
"Dizem que eu só poderei voltar a mexer lá daqui a um ano e meio", diz o trabalhador, que iniciou negociações com a empresa para ser indenizado. "Estou desanimado. A firma é muito rica e eu sou pobre. Vamos ver o que acontece", afirma. Na área atingida não havia construções, mas pasto para o gado. No momento do estouro, o produtor rural, que mora com a mulher e dois filhos em um terreno do pai, também na região, tinha na área 14 cabeças de gado, que conseguiu salvar.
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Depois do primeiro estouro do mineroduto, um outro ponto de captação de água foi montado para abastecimento da cidade. Com isso, no segundo vazamento, o fornecimento não foi prejudicado. Essa é a captação que vem garantindo água na cidade hoje.
Sobre a indenização aos moradores, a Anglo American afirma que "não comenta sobre negociações individuais". Em relação à falta d’água ocorrida na cidade, por causa do primeiro vazamento, a empresa disse que"“a captação de água em Santo Antônio do Grama foi interrompida no dia 12 e que a população passou a ser atendida com caminhões-pipa e galões de água mineral". Segundo a empresa, já foi concluída a construção de uma nova adutora, "garantindo uma segunda opção de fornecimento de água para a cidade de forma permanente". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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