Professores da rede particular de cerca de 4 mil escolas mineiras analisam indicativo de greve nesta terça-feira. A categoria se reunirá às 17h, no hall da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Região Central de Belo Horizonte, onde avaliará possíveis mudanças na contraproposta do sindicato patronal, que, de acordo com a categoria, quer mexer em importantes cláusulas de convenção coletiva. Os educadores decidiram entrar em estado de greve na última quinta-feira.
O Sinpro Minas denuncia que o sindicato patronal "quer mexer em praticamente todas as 50 cláusulas da convenção coletiva", acabando com o adicional por tempo de serviço, o quinquênio e o direito a bolsas de estudo nas instituições em que o professor não leciona, além de impor mudança no calendário de férias, reduzindo-as, e pretender acabar com o intervalo (recreio) entre as aulas.
Segundo o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), a entidade está em negociação com o Sinpro e já foram feitas quatro reuniões. Ainda segundo a entidade, das 970 escolas que vão da educação infantil ao ensino superior em Belo Horizonte e em Contagem 16 pararam na semana passada.
O Sinep sustenta que a categoria não pode entrar em greve, porque a data-base ainda está vigente e vai até o dia 30. A expectativa da entidade é que a situação se resolva "e os dois sindicatos possam assinar um convenção coletiva de trabalho ideal para os dois lados".
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie